Solidariedade com despedidos
O PCP manifestou anteontem «completa solidariedade com os profissionais que abnegadamente fazem do Primeiro de Janeiro uma referência do jornalismo plural no nosso país, colocando nas bancas quotidianamente, o mais antigo título diário nacional».
Numa nota emitida na sequência do encontro, no dia anterior, com os trabalhadores, concentrados à porta das instalações do jornal, a Direcção da Organização Regional do Porto do Partido expressou «repulsa por métodos vergonhosos, ameaças, chantagens e mentiras usadas para descartar estes profissionais». «Profundo espanto» causou o facto de «tal processo ímpio ser da responsabilidade de um empresário reconhecido como um exemplo de civismo e activismo associativo, detentor de várias empresas, algumas das quais recentemente beneficiadas com fundos do QREN, sendo que surgem agora também, em função de apuramentos da IGT, notícias de irregularidades no preenchimento de mapas fiscais».
Os comunistas mostram «profunda preocupação com o futuro do jornal que assegura maior cobertura jornalística à região, particularmente após o encerramento do Comércio do Porto e o ataque centralizador do Governo PS à RTP Porto».
Assumindo o compromisso de «questionar a tutela sobre este processo», a DORP «apela às organizações e associações cívicas, populares e sociais, que se associem à defesa do Primeiro de Janeiro, do património que o seu título activamente representa e dos profissionais que diariamente se empenham num jornalismo à altura desta história».
Na segunda-feira, a União dos Sindicatos do Porto emitiu um comunicado repudiando o comportamento da administração da Sedico, notando que o sucedido no jornal «é o que se tornou habitual nos mais variados sectores de actividade, onde a arrogância e prepotência patronais impõem as maiores arbitrariedades», e denunciando «estes comportamentos inaceitáveis num regime democrático que se vai esvaziando. Lentamente, porque o carácter predador do capital assim o impõe».
O Sindicato dos Jornalistas repudiou o encerramento ilegal do jornal e o despedimento abusivo de mais de três dezenas de profissionais, verbalmente comunicados pela directora do Primeiro de Janeiro, na quinta-feira, e pela administração da Sedico, no dia seguinte. Os trabalhadores seguiram o apelo do sindicato e continuaram a comparecer no local de trabalho, apesar de terem sido mudadas as fechaduras e não poderem entrar nas instalações.
O grupo Folha Cultural, detentor do título (através da empresa Folio) e da empresa empregadora, «pretende descartar-se imoralmente dos jornalistas que explorou, até agora, em condições de trabalho extremamente desfavoráveis», acusou o SJ. A publicação foi retomada segunda-feira, com outro director e produzida por jornalistas que antes faziam o suplemento Norte Desportivo.
Aquele grupo é presidido por Eduardo Costa, que ocupa altos cargos no Conselho Empresarial entre Douro e Vouga, na Associação Empresarial de Oliveira de Azeméis, na Associação Portuguesa da Imprensa Regional, na Associação Museu de Imprensa e na Agência de Desenvolvimento entre Douro e Vouga.
Numa nota emitida na sequência do encontro, no dia anterior, com os trabalhadores, concentrados à porta das instalações do jornal, a Direcção da Organização Regional do Porto do Partido expressou «repulsa por métodos vergonhosos, ameaças, chantagens e mentiras usadas para descartar estes profissionais». «Profundo espanto» causou o facto de «tal processo ímpio ser da responsabilidade de um empresário reconhecido como um exemplo de civismo e activismo associativo, detentor de várias empresas, algumas das quais recentemente beneficiadas com fundos do QREN, sendo que surgem agora também, em função de apuramentos da IGT, notícias de irregularidades no preenchimento de mapas fiscais».
Os comunistas mostram «profunda preocupação com o futuro do jornal que assegura maior cobertura jornalística à região, particularmente após o encerramento do Comércio do Porto e o ataque centralizador do Governo PS à RTP Porto».
Assumindo o compromisso de «questionar a tutela sobre este processo», a DORP «apela às organizações e associações cívicas, populares e sociais, que se associem à defesa do Primeiro de Janeiro, do património que o seu título activamente representa e dos profissionais que diariamente se empenham num jornalismo à altura desta história».
Na segunda-feira, a União dos Sindicatos do Porto emitiu um comunicado repudiando o comportamento da administração da Sedico, notando que o sucedido no jornal «é o que se tornou habitual nos mais variados sectores de actividade, onde a arrogância e prepotência patronais impõem as maiores arbitrariedades», e denunciando «estes comportamentos inaceitáveis num regime democrático que se vai esvaziando. Lentamente, porque o carácter predador do capital assim o impõe».
O Sindicato dos Jornalistas repudiou o encerramento ilegal do jornal e o despedimento abusivo de mais de três dezenas de profissionais, verbalmente comunicados pela directora do Primeiro de Janeiro, na quinta-feira, e pela administração da Sedico, no dia seguinte. Os trabalhadores seguiram o apelo do sindicato e continuaram a comparecer no local de trabalho, apesar de terem sido mudadas as fechaduras e não poderem entrar nas instalações.
O grupo Folha Cultural, detentor do título (através da empresa Folio) e da empresa empregadora, «pretende descartar-se imoralmente dos jornalistas que explorou, até agora, em condições de trabalho extremamente desfavoráveis», acusou o SJ. A publicação foi retomada segunda-feira, com outro director e produzida por jornalistas que antes faziam o suplemento Norte Desportivo.
Aquele grupo é presidido por Eduardo Costa, que ocupa altos cargos no Conselho Empresarial entre Douro e Vouga, na Associação Empresarial de Oliveira de Azeméis, na Associação Portuguesa da Imprensa Regional, na Associação Museu de Imprensa e na Agência de Desenvolvimento entre Douro e Vouga.