Os representantes do movimento camponês rejeitam o acordo celebrado entre o governo e a Confederação Nacional das Câmaras Industriais para o congelamento dos preços de mais de 150 produtos alimentares e a eliminação de taxas alfandegárias aplicadas, entre outros, ao milho branco e amarelo, ao trigo e ao arroz. As organizações consideram a medida um logro ao povo mexicano e um ataque à soberania nacional.
Apresentada por Felipe Calderón como uma forma de combate aos crescentes aumentos dos bens de primeira necessidade – os quais nos últimos meses subiram entre 50 e 100 por cento – o compromisso com os patrões é, na verdade, um benefício às multinacionais e um estímulo ao aumento da importação de produtos, acusam.
Incluídos no pacote governamental estão as conservas, os pré-cozinhados, os sumos, o leite em pó e certas marcas de óleo e farinha, mas ficaram arredados, por exemplo, os ovos, o leite e a carne de frango, fundamentalmente provenientes das agropecuárias nacionais.