DIA 28, A LUTA CONTINUA
«Confirmadas as enormes potencialidades de desenvolvimento e alargamento da luta»
A manifestação nacional de 5 de Junho constituiu uma poderosa demonstração da força e da disponibilidade de luta dos trabalhadores portugueses. Foi, de facto, uma das maiores manifestações alguma vez realizadas no nosso País, uma impressionante e impressiva jornada de luta das massas trabalhadoras organizadas em torno da sua central de classe, a CGTP-IN. Foi, talvez, a maior manifestação de sempre com estas características: baseada numa mobilização assente na consciência da importância e da necessidade da luta e, assim, logrando superar parte grande dos obstáculos e condicionamentos criados pelas práticas anti-laborais e anti-democráticas que caracterizam os governos de política de direita. Foi, sem dúvida, um êxito notável dos trabalhadores, êxito que é indissociável, por um lado, da acção e das características essenciais da CGTP-IN e, por outro lado, do papel do PCP e da intervenção dos militantes comunistas.
Com efeito, tratou-se de um imenso, consciente e poderoso protesto colectivo e de uma expressiva afirmação da vontade e dos objectivos da luta dos trabalhadores: um inequívoco «não» à política de direita e a clara exigência de uma política que inicie a resolução dos muitos e graves problemas existentes – e que, por isso mesmo, só pode ser uma política de esquerda.
Que tais objectivos são difíceis de alcançar, todos o sabem: os trabalhadores, os governantes, o grande capital.
Que através da luta é possível alcançá-los, sabem-no todos, também.
Daí as reacções de uns e de outros à luta e aos seus resultados: para os executantes e beneficiários da política de direita, a luta dos trabalhadores é um pesadelo e uma ameaça aos seus privilégios; para os trabalhadores, ela é a arma essencial de que dispõem para a defesa dos seus direitos e interesses e para a concretização das suas legítimas aspirações.
O primeiro-ministro não se impressionou com a manifestação. Pelo menos, assim o disse. Sem surpresas, aliás, já que, ao dizê-lo, limitava-se (sabendo-o ou não) a repetir ipsis verbis o que antecessores seus disseram em circunstâncias semelhantes… Tudo isto a confirmar, afinal, que todos os executores da política de direita vêem na luta dos trabalhadores - e vêem bem - o maior obstáculo à concretização plena do seu projecto ao serviço do grande capital.
Entretanto, impressionado ou não o primeiro-ministro, e por muito que lhe custe, a grandiosa manifestação da CGTP-IN foi o acontecimento de maior relevância na semana que passou.
Isto, apesar das várias tentativas de criação de factos políticos que desviassem as atenções, casos da moção do CDS/PP e da iniciativa Manuel Alegre/BE. Esta, também, na sua essência, uma iniciativa repetida: é conhecida a vocação de Manuel Alegre para, quando um governo de maioria PS cai no descrédito, aparecer numa postura partidária crítica - mas nunca auto-crítica, sublinhe-se…
Tal postura comporta visíveis vantagens para o PS (e para a política de direita), nomeadamente a projecção da imagem de esquerda indispensável àquele partido para prosseguir a sua política de direita e, na mesma linha, a tentativa de impedir que eleitores descontentes com a política do Governo passem a votar, de facto, à esquerda e por uma política de esquerda, ou seja: PCP/CDU. Há que reconhecer que, desta vez, o tradicional número de Alegre, trouxe um toque de inovação, na medida em que integrou o BE no elenco.
A propósito, esclareça-se que, ao contrário do que veio a público, o PCP não foi convidado para participar nessa iniciativa. E sublinhe-se desde já a coerência patente na atitude dos promotores do evento do Trindade, os quais, ao excluírem o PCP - que é a principal força no combate à política de direita e por uma política de esquerda - deixaram claro que as suas preocupações se situam num espaço onde não cabem acções de convergência da esquerda tendo como objectivo uma ruptura com a política de direita – e, especialmente, que não toleram o prosseguimento do reforço social, político e eleitoral do PCP…
Entretanto – e mais importante do que tudo – a luta vai continuar. A manifestação do dia 5, ao mesmo tempo que foi a expressão clara do amplo descontentamento com a política de direita e as suas consequências nefastas na vida da imensa maioria dos portugueses, confirmou as enormes potencialidades de desenvolvimento e alargamento da luta.
E as manifestações marcadas para dia 28, em todo o País, constituem uma nova etapa da luta susceptível de proporcionar mais um passo em frente na mobilização para a acção de novos sectores das massas trabalhadoras, congregando mais descontentamentos e protestos e, assim, dando mais força à luta e maiores possibilidades de ela alcançar os seus objectivos, a começar pela derrota do Código do Trabalho.
No que diz respeito aos militantes comunistas, são muitas as tarefas que se lhes colocam no momento presente: para além da contribuição indispensável que lhes é exigida para o êxito das acções de 28 e de várias outras lutas dos trabalhadores e das populações, os comunistas prosseguem, por todo o País, a sua diversificada e intensa intervenção visando o reforço do Partido, que passa sempre pelo reforço da sua ligação às massas trabalhadoras e populares.
E desse vasto conjunto de exigências colocadas aos comunistas no cumprimento do seu papel, emergem – para além da preparação do XVIII Congresso, a tarefa maior do ano que corre – a construção da Festa da Alegria, a realizar em Braga nos dias 19 e 20 de Julho, e o início da construção, no próximo fim-de-semana, da Festa do Avante!
Com efeito, tratou-se de um imenso, consciente e poderoso protesto colectivo e de uma expressiva afirmação da vontade e dos objectivos da luta dos trabalhadores: um inequívoco «não» à política de direita e a clara exigência de uma política que inicie a resolução dos muitos e graves problemas existentes – e que, por isso mesmo, só pode ser uma política de esquerda.
Que tais objectivos são difíceis de alcançar, todos o sabem: os trabalhadores, os governantes, o grande capital.
Que através da luta é possível alcançá-los, sabem-no todos, também.
Daí as reacções de uns e de outros à luta e aos seus resultados: para os executantes e beneficiários da política de direita, a luta dos trabalhadores é um pesadelo e uma ameaça aos seus privilégios; para os trabalhadores, ela é a arma essencial de que dispõem para a defesa dos seus direitos e interesses e para a concretização das suas legítimas aspirações.
O primeiro-ministro não se impressionou com a manifestação. Pelo menos, assim o disse. Sem surpresas, aliás, já que, ao dizê-lo, limitava-se (sabendo-o ou não) a repetir ipsis verbis o que antecessores seus disseram em circunstâncias semelhantes… Tudo isto a confirmar, afinal, que todos os executores da política de direita vêem na luta dos trabalhadores - e vêem bem - o maior obstáculo à concretização plena do seu projecto ao serviço do grande capital.
Entretanto, impressionado ou não o primeiro-ministro, e por muito que lhe custe, a grandiosa manifestação da CGTP-IN foi o acontecimento de maior relevância na semana que passou.
Isto, apesar das várias tentativas de criação de factos políticos que desviassem as atenções, casos da moção do CDS/PP e da iniciativa Manuel Alegre/BE. Esta, também, na sua essência, uma iniciativa repetida: é conhecida a vocação de Manuel Alegre para, quando um governo de maioria PS cai no descrédito, aparecer numa postura partidária crítica - mas nunca auto-crítica, sublinhe-se…
Tal postura comporta visíveis vantagens para o PS (e para a política de direita), nomeadamente a projecção da imagem de esquerda indispensável àquele partido para prosseguir a sua política de direita e, na mesma linha, a tentativa de impedir que eleitores descontentes com a política do Governo passem a votar, de facto, à esquerda e por uma política de esquerda, ou seja: PCP/CDU. Há que reconhecer que, desta vez, o tradicional número de Alegre, trouxe um toque de inovação, na medida em que integrou o BE no elenco.
A propósito, esclareça-se que, ao contrário do que veio a público, o PCP não foi convidado para participar nessa iniciativa. E sublinhe-se desde já a coerência patente na atitude dos promotores do evento do Trindade, os quais, ao excluírem o PCP - que é a principal força no combate à política de direita e por uma política de esquerda - deixaram claro que as suas preocupações se situam num espaço onde não cabem acções de convergência da esquerda tendo como objectivo uma ruptura com a política de direita – e, especialmente, que não toleram o prosseguimento do reforço social, político e eleitoral do PCP…
Entretanto – e mais importante do que tudo – a luta vai continuar. A manifestação do dia 5, ao mesmo tempo que foi a expressão clara do amplo descontentamento com a política de direita e as suas consequências nefastas na vida da imensa maioria dos portugueses, confirmou as enormes potencialidades de desenvolvimento e alargamento da luta.
E as manifestações marcadas para dia 28, em todo o País, constituem uma nova etapa da luta susceptível de proporcionar mais um passo em frente na mobilização para a acção de novos sectores das massas trabalhadoras, congregando mais descontentamentos e protestos e, assim, dando mais força à luta e maiores possibilidades de ela alcançar os seus objectivos, a começar pela derrota do Código do Trabalho.
No que diz respeito aos militantes comunistas, são muitas as tarefas que se lhes colocam no momento presente: para além da contribuição indispensável que lhes é exigida para o êxito das acções de 28 e de várias outras lutas dos trabalhadores e das populações, os comunistas prosseguem, por todo o País, a sua diversificada e intensa intervenção visando o reforço do Partido, que passa sempre pelo reforço da sua ligação às massas trabalhadoras e populares.
E desse vasto conjunto de exigências colocadas aos comunistas no cumprimento do seu papel, emergem – para além da preparação do XVIII Congresso, a tarefa maior do ano que corre – a construção da Festa da Alegria, a realizar em Braga nos dias 19 e 20 de Julho, e o início da construção, no próximo fim-de-semana, da Festa do Avante!