A Direcção da Organização Regional de Castelo Branco do PCP está preocupada com a situação dos pequenos e médios agricultores, cujos rendimentos não são suficientes para garantir o auto-financiamento que permite o acesso às ajudas ao investimento no âmbito do ProDer.
De facto, o Governo, «insensível» a estas situações muitas vezes dramáticas, mostra estar mais apostado na liquidação da agricultura familiar, como se pode concluir da decisão de destinar no ProDer as ajudas a fundo perdido esmagadoramente para as grandes explorações, ou seja, de excluir das ajudas compensatórias as explorações abaixo de 1 hectare, a maioria na região. Isto, em vez de apostar, como deveria, «no aumento do investimento para o desenvolvimento das pequenas e médias explorações agrícolas e florestais» e «no apoio financeiro às Organizações da Lavoura. Aliás, seriam essas, sob o ponto de vista do interesse nacional, «as orientações fundamentais para travar o crescente abandono dos campos e da actividade agrícola e Florestal e impedir o aumento do preço dos produtos alimentares, o crescimento do desemprego e o drástico agravamento da pobreza e exclusão social», sublinha o PCP, manifestando o seu apoio solidário à luta dos agricultores contra esta política agrícola.