ABRIL SEMPRE
«É por Abril e pelos seus ideais transformadores que continuamos a lutar»
Comemoramos mais um aniversário do 25 de Abril – dia da liberdade conquistada após quarenta e oito anos de ditadura fascista.
E recordamos essa data, não na atitude de quem cumpre um ritual passadista (como muitos, de tanto o desejarem, não se cansam de repetir), mas olhando para o futuro e tendo sempre na memória, como referência da luta que hoje travamos, o significado e a importância do processo iniciado nesse dia e que viria a produzir profundas transformações na sociedade portuguesa.
Quando, na madrugada desse dia memorável, os valentes Capitães de Abril derrubaram o governo fascista de Marcelo Caetano, tiveram a seu lado, desde logo e em primeiro lugar, a classe operária, as massas trabalhadoras – que assim prosseguiam a luta travada durante décadas contra o regime fascista, pela democracia, pela liberdade, pela justiça social, pelo progresso. E esse é um dado que marca de forma impressiva o conteúdo de todo o processo iniciado no dia 25 de Abril.
Foi nessa luta persistente e corajosa que radicou o êxito da acção libertadora do MFA. Como, certeiro, escreveu o Poeta da Revolução, «quem o fez era soldado/homem novo, capitão/mas também tinha a seu lado/muitos homens na prisão».
E foi na sequência natural dessa luta persistente e corajosa que, no próprio dia 25 de Abril, as massas populares conquistaram a liberdade, exercendo-a, e partiram para a exaltante caminhada rumo ao futuro.
A isso se deve, igualmente, o facto de, desde os primeiros momentos, a revolução de Abril ter evidenciado o seu carácter progressista, emancipador e popular.
Os ideais de Abril estão patentes, desde logo, nos primeiros decretos dos primeiros governos provisórios (visando a melhoria das condições de vida dos mais desfavorecidos), bem como no reconhecimento imediato dos direitos dos trabalhadores; ou no apontar de uma política de paz, cooperação e amizade com todos os povos do mundo e que, assim sendo, se traduzia de imediato no reconhecimento do direito à independência dos povos das colónias portuguesas.
E é na base desses princípios e valores que o movimento operário e popular avança para as históricas conquistas da revolução, designadamente, o controlo operário, as nacionalizações a reforma agrária – conquistas que, complementando as liberdades alcançadas, vão dando forma a uma democracia avançada, a cujas vertentes política, económica, social e cultural se associa uma forte componente participativa e uma inequívoca postura de defesa da independência e da soberania nacional. E é dando força de lei a essas conquistas, e consagrando-as, que a Constituição da República Portuguesa desenha e molda o regime democrático de Abril – a democracia mais avançada alguma vez existente no nosso País.
É isto, em resumo, que temos presente ao comemorarmos mais um aniversário de Abril. O que quer dizer que é por Abril e pelos seus ideais que continuamos a lutar – numa luta que já leva trinta e dois anos, tantos quantos os de duração da política de direita, iniciada em 1976 pelo Governo PS/Mário Soares e prosseguida, de então para cá, por sucessivos governos ora do PS, ora do PSD, ora dos dois. Uma política que tem como alvo preferencial o que de mais positivo e avançado integra a democracia de Abril; uma política que restituiu o poder ao grande capital e abriu as portas à exploração desenfreada; que rouba direitos, liberdades e garantias aos trabalhadores e aos cidadãos e empobrece todos os dias o conteúdo democrático do regime nascido da revolução de Abril; que destrói os serviços públicos de saúde de educação; que vende pedaços significativos da soberania e da independência nacional e envolve o País em guerras de ocupação e de destruição responsáveis pelo morticínio de centenas e centenas de milhares de pessoas – uma política que se pauta por um total desprezo e desrespeito pela Constituição da República Portuguesa.
É, então, contra esta política de direita – a política da contra-revolução – que mais uma vez assinalamos, em luta, o dia da liberdade e assumimos o compromisso de dar expressão ao lema 25 de Abril sempre, fascismo nunca mais.
Assim, as comemorações do 25 de Abril constituirão uma forte jornada de luta pelos ideais de Abril – que é, ao fim e ao cabo, o objectivo da luta hoje travada pelas massas trabalhadoras e pelas populações quando se batem por direito ao trabalho com direitos, pelos direitos à saúde e à educação, pela liberdade e pela democracia, enfim por tudo aquilo que Abril nos trouxe.
Na continuidade das poderosas movimentações de massas que, no ano que passou e nos primeiros meses do actual, mobilizaram centenas de milhares de trabalhadores de todas as áreas de actividade dos sectores público e privado, a jornada do 25 de Abril – tal como a do 1º de Maio que aí vem - será inspirador ponto de passagem para as lutas do futuro imediato.
Nessas lutas, na sua organização, no seu desenvolvimento, na sua concretização, os militantes comunistas continuarão a desempenhar o papel que lhes compete enquanto militantes do Partido da classe operária e de todos os trabalhadores; da resistência antifascista e da conquista da liberdade; da construção da democracia de Abril; da resistência à ofensiva contra-revolucionária da política de direita – do Partido que, por tudo isso, se afirma como força indispensável para a concretização da alternativa necessária.
E recordamos essa data, não na atitude de quem cumpre um ritual passadista (como muitos, de tanto o desejarem, não se cansam de repetir), mas olhando para o futuro e tendo sempre na memória, como referência da luta que hoje travamos, o significado e a importância do processo iniciado nesse dia e que viria a produzir profundas transformações na sociedade portuguesa.
Quando, na madrugada desse dia memorável, os valentes Capitães de Abril derrubaram o governo fascista de Marcelo Caetano, tiveram a seu lado, desde logo e em primeiro lugar, a classe operária, as massas trabalhadoras – que assim prosseguiam a luta travada durante décadas contra o regime fascista, pela democracia, pela liberdade, pela justiça social, pelo progresso. E esse é um dado que marca de forma impressiva o conteúdo de todo o processo iniciado no dia 25 de Abril.
Foi nessa luta persistente e corajosa que radicou o êxito da acção libertadora do MFA. Como, certeiro, escreveu o Poeta da Revolução, «quem o fez era soldado/homem novo, capitão/mas também tinha a seu lado/muitos homens na prisão».
E foi na sequência natural dessa luta persistente e corajosa que, no próprio dia 25 de Abril, as massas populares conquistaram a liberdade, exercendo-a, e partiram para a exaltante caminhada rumo ao futuro.
A isso se deve, igualmente, o facto de, desde os primeiros momentos, a revolução de Abril ter evidenciado o seu carácter progressista, emancipador e popular.
Os ideais de Abril estão patentes, desde logo, nos primeiros decretos dos primeiros governos provisórios (visando a melhoria das condições de vida dos mais desfavorecidos), bem como no reconhecimento imediato dos direitos dos trabalhadores; ou no apontar de uma política de paz, cooperação e amizade com todos os povos do mundo e que, assim sendo, se traduzia de imediato no reconhecimento do direito à independência dos povos das colónias portuguesas.
E é na base desses princípios e valores que o movimento operário e popular avança para as históricas conquistas da revolução, designadamente, o controlo operário, as nacionalizações a reforma agrária – conquistas que, complementando as liberdades alcançadas, vão dando forma a uma democracia avançada, a cujas vertentes política, económica, social e cultural se associa uma forte componente participativa e uma inequívoca postura de defesa da independência e da soberania nacional. E é dando força de lei a essas conquistas, e consagrando-as, que a Constituição da República Portuguesa desenha e molda o regime democrático de Abril – a democracia mais avançada alguma vez existente no nosso País.
É isto, em resumo, que temos presente ao comemorarmos mais um aniversário de Abril. O que quer dizer que é por Abril e pelos seus ideais que continuamos a lutar – numa luta que já leva trinta e dois anos, tantos quantos os de duração da política de direita, iniciada em 1976 pelo Governo PS/Mário Soares e prosseguida, de então para cá, por sucessivos governos ora do PS, ora do PSD, ora dos dois. Uma política que tem como alvo preferencial o que de mais positivo e avançado integra a democracia de Abril; uma política que restituiu o poder ao grande capital e abriu as portas à exploração desenfreada; que rouba direitos, liberdades e garantias aos trabalhadores e aos cidadãos e empobrece todos os dias o conteúdo democrático do regime nascido da revolução de Abril; que destrói os serviços públicos de saúde de educação; que vende pedaços significativos da soberania e da independência nacional e envolve o País em guerras de ocupação e de destruição responsáveis pelo morticínio de centenas e centenas de milhares de pessoas – uma política que se pauta por um total desprezo e desrespeito pela Constituição da República Portuguesa.
É, então, contra esta política de direita – a política da contra-revolução – que mais uma vez assinalamos, em luta, o dia da liberdade e assumimos o compromisso de dar expressão ao lema 25 de Abril sempre, fascismo nunca mais.
Assim, as comemorações do 25 de Abril constituirão uma forte jornada de luta pelos ideais de Abril – que é, ao fim e ao cabo, o objectivo da luta hoje travada pelas massas trabalhadoras e pelas populações quando se batem por direito ao trabalho com direitos, pelos direitos à saúde e à educação, pela liberdade e pela democracia, enfim por tudo aquilo que Abril nos trouxe.
Na continuidade das poderosas movimentações de massas que, no ano que passou e nos primeiros meses do actual, mobilizaram centenas de milhares de trabalhadores de todas as áreas de actividade dos sectores público e privado, a jornada do 25 de Abril – tal como a do 1º de Maio que aí vem - será inspirador ponto de passagem para as lutas do futuro imediato.
Nessas lutas, na sua organização, no seu desenvolvimento, na sua concretização, os militantes comunistas continuarão a desempenhar o papel que lhes compete enquanto militantes do Partido da classe operária e de todos os trabalhadores; da resistência antifascista e da conquista da liberdade; da construção da democracia de Abril; da resistência à ofensiva contra-revolucionária da política de direita – do Partido que, por tudo isso, se afirma como força indispensável para a concretização da alternativa necessária.