A indignação vai inundar Lisboa
Todos os professores que repudiam as reformas do Governo PS, para a Educação, estão convocados para a «Marcha da Indignação», sábado, em Lisboa, do Marquês de Pombal ao Rossio.
«Estamos a viver o maior ataque de sempre à escola democrática»
A Plataforma Sindical dos Professores prevê que a marcha, a partir das 14.30 horas, pela Avenida da Liberdade, venha a ser «a maior manifestação da classe docente jamais vista em Portugal», afirmou Mário Nogueira. Em conferência de imprensa, dia 28, o secretário-geral da Fenprof e porta-voz da Plataforma afirmou que «os professores vão inundar Lisboa». Só na última semana, referiu, mais de 30 mil docentes participaram em acções de protesto, por todo o País.
A acção de sábado será a resposta adequada ao «maior ataque jamais feito à escola democrática desde 25 de Abril de 1974», como tem afirmado a Fenprof. No cartaz de convocatória para a «Marcha da Indignação» pode ler-se que «Assim não se pode ser professor» e que «a escola pública não aguenta mais esta política».
A estimativa de uma dimensão sem precedentes, prevista para a marcha, fundamenta-se no número de autocarros já lotados para a deslocação a Lisboa.
A Plataforma Sindical dos Professores, que reúne dezena e meia de estruturas, entre as quais os sindicatos da Fenprof, afirma que a reforma do Ensino, que o Ministério da Educação tenta implementar, contra a vontade da generalidade da comunidade educativa, resultaria na destruição da carreira única para todos os docentes e na criação de discriminações várias dentro da classe, nomeadamente entre os novos e os mais velhos, tanto através dos novos critérios de avaliação de desempenho, como da criação da figura do professor titular e do novo modelo de gestão escolar.
A acção de sábado será um momento alto na luta contra a degradação do ensino, em defesa da escola pública de excelência e qualidade, e contra a progressiva destruição, privatização e encarecimento do sistema educativo - que também resultam do encerramento de mais de duas mil escolas do Ensino Básico, por todo o País, e das degradantes condições enfrentadas quotidianamente por docentes e alunos. A marcha será igualmente um marco na contestação ao prolongamento dos horários e para exigir o pagamento de todas as horas suplementares.
Encontro do PCP
Para ontem, estava agendado um encontro de educadores e professores, em Lisboa, promovido pelo PCP, para abordar a actualidade no sector do Ensino, com a participação de Jerónimo de Sousa.
Protesto crescente
A contestação e o sentimento de revolta provocados pela actual política educativa têm-se manifestado, em concentrações e outras acções de rua, desde a semana passada.
No dia 26, cerca de três mil docentes de Coimbra participaram num cordão humano, convocados pelo SPRC/CGTP-IN. Foi três dias depois da concentração que, convocada anonimamente por SMS, reuniu cerca de 500 professores na baixa do Porto, apesar do mau tempo.
No dia 27, aproveitando a visita da ministra da Educação, docentes da Guarda, Viseu e Castelo Branco receberam-na com veementes protestos. Em Castelo Branco, centenas concentraram-se no centro da cidade, bem como em Viseu, onde o protesto juntou perto de dois mil, que percorreram as ruas, de luto e com velas, do Auditório Mirita Casimiro ao Governo Civil, passando pelo Rossio.
Em Portalegre, no dia 28, mais de 300 juntaram-se na maior concentração de professores ocorrida naquela cidade, numa vigília de protesto, à noite, junto ao Governo Civil, enquanto em Aveiro, no mesmo dia, mais de três mil participaram num protesto silencioso.
Na noite de sexta-feira, 3500 docentes concentraram-se no centro de Braga, também com velas e vestidos de negro, tal como em Torres Vedras, onde mais de 1500 se concentraram diante dos Paços do Concelho.
Em Leiria, no mesmo dia, os mais de 800 docentes fizeram transboradar o auditório do Teatro José Lúcio da Silva. Na segunda-feira, dia 3, mais de 1500 manifestaram-se na Praça Rodrigues Lobo.
No dia 1, fizeram-se ouvir mais de três mil vozes, em Viana do Castelo.
Anteontem, dia 4, foi a vez dos docentes de Faro, Évora e Beja. No Algarve, cerca de três mil concentraram-se junto à Escola Superior de Saúde de Faro e deslocaram-se à Direcção Regional de Educação. No Alentejo, mais de dois mil concentraram-se na Praça do Giraldo, em Évora, ao fim da tarde, e em Beja foi cumprida uma vigília diante do Governo Civil.
A acção de sábado será a resposta adequada ao «maior ataque jamais feito à escola democrática desde 25 de Abril de 1974», como tem afirmado a Fenprof. No cartaz de convocatória para a «Marcha da Indignação» pode ler-se que «Assim não se pode ser professor» e que «a escola pública não aguenta mais esta política».
A estimativa de uma dimensão sem precedentes, prevista para a marcha, fundamenta-se no número de autocarros já lotados para a deslocação a Lisboa.
A Plataforma Sindical dos Professores, que reúne dezena e meia de estruturas, entre as quais os sindicatos da Fenprof, afirma que a reforma do Ensino, que o Ministério da Educação tenta implementar, contra a vontade da generalidade da comunidade educativa, resultaria na destruição da carreira única para todos os docentes e na criação de discriminações várias dentro da classe, nomeadamente entre os novos e os mais velhos, tanto através dos novos critérios de avaliação de desempenho, como da criação da figura do professor titular e do novo modelo de gestão escolar.
A acção de sábado será um momento alto na luta contra a degradação do ensino, em defesa da escola pública de excelência e qualidade, e contra a progressiva destruição, privatização e encarecimento do sistema educativo - que também resultam do encerramento de mais de duas mil escolas do Ensino Básico, por todo o País, e das degradantes condições enfrentadas quotidianamente por docentes e alunos. A marcha será igualmente um marco na contestação ao prolongamento dos horários e para exigir o pagamento de todas as horas suplementares.
Encontro do PCP
Para ontem, estava agendado um encontro de educadores e professores, em Lisboa, promovido pelo PCP, para abordar a actualidade no sector do Ensino, com a participação de Jerónimo de Sousa.
Protesto crescente
A contestação e o sentimento de revolta provocados pela actual política educativa têm-se manifestado, em concentrações e outras acções de rua, desde a semana passada.
No dia 26, cerca de três mil docentes de Coimbra participaram num cordão humano, convocados pelo SPRC/CGTP-IN. Foi três dias depois da concentração que, convocada anonimamente por SMS, reuniu cerca de 500 professores na baixa do Porto, apesar do mau tempo.
No dia 27, aproveitando a visita da ministra da Educação, docentes da Guarda, Viseu e Castelo Branco receberam-na com veementes protestos. Em Castelo Branco, centenas concentraram-se no centro da cidade, bem como em Viseu, onde o protesto juntou perto de dois mil, que percorreram as ruas, de luto e com velas, do Auditório Mirita Casimiro ao Governo Civil, passando pelo Rossio.
Em Portalegre, no dia 28, mais de 300 juntaram-se na maior concentração de professores ocorrida naquela cidade, numa vigília de protesto, à noite, junto ao Governo Civil, enquanto em Aveiro, no mesmo dia, mais de três mil participaram num protesto silencioso.
Na noite de sexta-feira, 3500 docentes concentraram-se no centro de Braga, também com velas e vestidos de negro, tal como em Torres Vedras, onde mais de 1500 se concentraram diante dos Paços do Concelho.
Em Leiria, no mesmo dia, os mais de 800 docentes fizeram transboradar o auditório do Teatro José Lúcio da Silva. Na segunda-feira, dia 3, mais de 1500 manifestaram-se na Praça Rodrigues Lobo.
No dia 1, fizeram-se ouvir mais de três mil vozes, em Viana do Castelo.
Anteontem, dia 4, foi a vez dos docentes de Faro, Évora e Beja. No Algarve, cerca de três mil concentraram-se junto à Escola Superior de Saúde de Faro e deslocaram-se à Direcção Regional de Educação. No Alentejo, mais de dois mil concentraram-se na Praça do Giraldo, em Évora, ao fim da tarde, e em Beja foi cumprida uma vigília diante do Governo Civil.