Dezenas de ajudantes familiares da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, em representação das 250 que prestam ajuda ao domicílio e há mais de 20 anos estão a trabalhar a recibos verdes, manifestaram-se, dia 13, no Largo Trindade Coelho, em Lisboa, diante das instalações da instituição, contra a situação ilegal em que se encontram e para exigirem o fim da precariedade. A acção foi a última etapa da «Estafeta contra a Precariedade», promovida pela CGTP-IN.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública do Sul e Açores, trata-se de uma situação «grosseira e vergonhosa», da responsabilidade da Santa Casa, que faz destas trabalhadoras «o rosto» da instituição de solidariedade social, prestando cuidados de saúde, higiene, alimentação e outros, a idosos e carenciados, nas suas residências.
As trabalhadoras têm horários definidos, desempenham funções permanentes, têm chefia directa mas não têm direitos de maternidade, na doença, e em caso de despedimento não podem aceder ao subsídio de desemprego. O sindicato lembra que nas instituições particulares de solidariedade social que desenvolvem a mesma actividade há muito que existe uma carreira definida.