A HORA É DE LUTA
«É possível pôr termo a esta política que flagela os trabalhadores, o povo e o País»
Cresce e alastra o descontentamento popular face à política do Governo PS/Sócrates, cujo descrédito é cada vez maior e mais visível.
Este é um dado inegável, para constatar o qual não é necessário o recurso a sofisticados instrumentos de análise sociológica: basta olhar para o País, observar as múltiplas movimentações de descontentamento e de protesto que todos os dias ocorrem em todo o território nacional, envolvendo milhares e milhares de pessoas que sofrem na pele as consequências nefastas dessa política – consequências que atingem a imensa maioria dos portugueses na proporção inversa dos benefícios que trazem aos chefes dos grandes grupos económicos e financeiros, às ordens dos quais o Governo funciona, numa inequívoca postura de classe.
Porque, se o desemprego e a precariedade aumentam; se os salários não sobem, ou sobem, mas muito aquém dos brutais aumentos do custo de vida (ou nem sequer são pagos como acontece em milhares de casos); se as reformas e pensões se degradam a ponto de constituírem uma ofensa ao direito humano ao pão de cada dia; se a Saúde anda pela hora da morte (no sentido literal da expressão); se avança a passos largos o processo de desvalorização e destruição da escola pública e a crescente elitização do acesso ao ensino, à cultura e ao saber; se os direitos, liberdades e garantias dos trabalhadores e dos cidadãos são espezinhados, ao mesmo tempo que se acentuam a traço negro os contornos de um Estado policial e persecutório no qual a vigilância e o controle dos cidadãos configuram, já, um autoritarismo sem margens; se os partidos da política de direita abusando da maioria de que dispõem no Parlamento, impõem ao País e ao povo leis antidemocráticas e anticonstitucionais, de que são exemplo as leis dos partidos e do seu financiamento e, agora, esta ofensa a Abril que é a lei contra o poder local democrático; se a política externa deste Governo se pauta essencialmente pelo desprezo e aviltamento da independência e da soberania nacional – enfim, se tudo isto (e muito mais) acontece, é porque o poder político não passa de um instrumento ao serviço do grande capital. E, assim sendo, a política deste Governo está ao serviço exclusivo dos interesses de uma classe – a dos exploradores – e contra outra classe – a dos explorados.
Uma política com tais características é, inevitavelmente, acompanhada por outros métodos e práticas que atentam contra princípios e valores básicos essenciais da democracia.
Exemplo disso é a desvergonha e o despudor com que os governantes rasgam, desprezam e espezinham compromissos publicamente assumidos no tempo-de-caça-ao-voto em que transformaram os actos eleitorais – e o insulto que é à inteligência e à sensibilidade dos portugueses, os «argumentos» que utilizam para «justificar» a falta de palavra. De tal forma que, no que lhes diz respeito, a usual expressão democraticamente eleitos é cada vez mais uma frase propagandística que pouco tem a ver com a realidade concreta.
Aliás, como a vida nos vai mostrando com cada vez maior frequência, o conceito de democracia dos que governam o País há trinta e um anos é cada vez mais pobre de conteúdo democrático. A postura dos partidos da política de direita no recente caso do referendo é exemplar: a recusa à consulta popular baseou-se, apenas e só, no facto de recearem a rejeição do seu projecto pelo eleitorado. Ora, numa democracia onde a participação – sem a qual, sublinhe-se, não há democracia a sério – está reduzida ao acto de votar, tal postura é a mais elucidativa amostra do entendimento de democracia que povoa as cabeças dos executores da política de direita.
Face a tal cenário, a única alternativa que se coloca a todos os que são alvos desta política e sofrem as suas terríveis consequências, é lutar contra ela, organizada, firme e determinadamente – lutar, até à sua derrota e à sua substituição por uma política democrática, de esquerda, que ponha termo à devastação provocada por trinta e um anos de ofensas aos direitos da imensa maioria dos portugueses, de atropelos à democracia, às liberdades, aos direitos humanos.
A hora é de luta. Uma luta difícil, sem dúvida, mas com a qual – e só com ela - é possível pôr termo a esta política que flagela os trabalhadores, o povo e o País.
Um luta que, tendo como objectivo imediato a defesa de direitos elementares – como o direito ao trabalho com direitos, o direito ao pão, o direito à saúde… - seja travada com a consciência de que ela é, também e simultaneamente, pela democracia e pela liberdade. Porque, como a História nos mostra, os ataques aos direitos sociais são, sempre, parte integrante de um ataque mais vasto e mais profundo contra a democracia e a liberdade – da mesma forma que este tem, sempre e inevitavelmente, no anti-comunismo o seu alimento essencial.
Nesse sentido, como afirmou o secretário-geral do Partido, camarada Jerónimo de Sousa, por ocasião do anúncio público da Marcha – Liberdade e Democracia, «o PCP que, com outros democratas e anti-fascistas, desde sempre está na primeira linha da luta pelas liberdades e pela democracia, jamais aceitará a mutilação e empobrecimento do regime democrático em curso e reafirma que luta e lutará com determinação em sua defesa». E, apelando à participação de todos os democratas, sublinhou incisivamente que «a luta dos trabalhadores e do povo português pela Liberdade e pela Democracia é uma luta de todos quantos aspiram a um país de progresso e de justiça».
Este é um dado inegável, para constatar o qual não é necessário o recurso a sofisticados instrumentos de análise sociológica: basta olhar para o País, observar as múltiplas movimentações de descontentamento e de protesto que todos os dias ocorrem em todo o território nacional, envolvendo milhares e milhares de pessoas que sofrem na pele as consequências nefastas dessa política – consequências que atingem a imensa maioria dos portugueses na proporção inversa dos benefícios que trazem aos chefes dos grandes grupos económicos e financeiros, às ordens dos quais o Governo funciona, numa inequívoca postura de classe.
Porque, se o desemprego e a precariedade aumentam; se os salários não sobem, ou sobem, mas muito aquém dos brutais aumentos do custo de vida (ou nem sequer são pagos como acontece em milhares de casos); se as reformas e pensões se degradam a ponto de constituírem uma ofensa ao direito humano ao pão de cada dia; se a Saúde anda pela hora da morte (no sentido literal da expressão); se avança a passos largos o processo de desvalorização e destruição da escola pública e a crescente elitização do acesso ao ensino, à cultura e ao saber; se os direitos, liberdades e garantias dos trabalhadores e dos cidadãos são espezinhados, ao mesmo tempo que se acentuam a traço negro os contornos de um Estado policial e persecutório no qual a vigilância e o controle dos cidadãos configuram, já, um autoritarismo sem margens; se os partidos da política de direita abusando da maioria de que dispõem no Parlamento, impõem ao País e ao povo leis antidemocráticas e anticonstitucionais, de que são exemplo as leis dos partidos e do seu financiamento e, agora, esta ofensa a Abril que é a lei contra o poder local democrático; se a política externa deste Governo se pauta essencialmente pelo desprezo e aviltamento da independência e da soberania nacional – enfim, se tudo isto (e muito mais) acontece, é porque o poder político não passa de um instrumento ao serviço do grande capital. E, assim sendo, a política deste Governo está ao serviço exclusivo dos interesses de uma classe – a dos exploradores – e contra outra classe – a dos explorados.
Uma política com tais características é, inevitavelmente, acompanhada por outros métodos e práticas que atentam contra princípios e valores básicos essenciais da democracia.
Exemplo disso é a desvergonha e o despudor com que os governantes rasgam, desprezam e espezinham compromissos publicamente assumidos no tempo-de-caça-ao-voto em que transformaram os actos eleitorais – e o insulto que é à inteligência e à sensibilidade dos portugueses, os «argumentos» que utilizam para «justificar» a falta de palavra. De tal forma que, no que lhes diz respeito, a usual expressão democraticamente eleitos é cada vez mais uma frase propagandística que pouco tem a ver com a realidade concreta.
Aliás, como a vida nos vai mostrando com cada vez maior frequência, o conceito de democracia dos que governam o País há trinta e um anos é cada vez mais pobre de conteúdo democrático. A postura dos partidos da política de direita no recente caso do referendo é exemplar: a recusa à consulta popular baseou-se, apenas e só, no facto de recearem a rejeição do seu projecto pelo eleitorado. Ora, numa democracia onde a participação – sem a qual, sublinhe-se, não há democracia a sério – está reduzida ao acto de votar, tal postura é a mais elucidativa amostra do entendimento de democracia que povoa as cabeças dos executores da política de direita.
Face a tal cenário, a única alternativa que se coloca a todos os que são alvos desta política e sofrem as suas terríveis consequências, é lutar contra ela, organizada, firme e determinadamente – lutar, até à sua derrota e à sua substituição por uma política democrática, de esquerda, que ponha termo à devastação provocada por trinta e um anos de ofensas aos direitos da imensa maioria dos portugueses, de atropelos à democracia, às liberdades, aos direitos humanos.
A hora é de luta. Uma luta difícil, sem dúvida, mas com a qual – e só com ela - é possível pôr termo a esta política que flagela os trabalhadores, o povo e o País.
Um luta que, tendo como objectivo imediato a defesa de direitos elementares – como o direito ao trabalho com direitos, o direito ao pão, o direito à saúde… - seja travada com a consciência de que ela é, também e simultaneamente, pela democracia e pela liberdade. Porque, como a História nos mostra, os ataques aos direitos sociais são, sempre, parte integrante de um ataque mais vasto e mais profundo contra a democracia e a liberdade – da mesma forma que este tem, sempre e inevitavelmente, no anti-comunismo o seu alimento essencial.
Nesse sentido, como afirmou o secretário-geral do Partido, camarada Jerónimo de Sousa, por ocasião do anúncio público da Marcha – Liberdade e Democracia, «o PCP que, com outros democratas e anti-fascistas, desde sempre está na primeira linha da luta pelas liberdades e pela democracia, jamais aceitará a mutilação e empobrecimento do regime democrático em curso e reafirma que luta e lutará com determinação em sua defesa». E, apelando à participação de todos os democratas, sublinhou incisivamente que «a luta dos trabalhadores e do povo português pela Liberdade e pela Democracia é uma luta de todos quantos aspiram a um país de progresso e de justiça».