A caducidade pode ser o resultado da forma como a administração dos CTT está a comportar-se nas negociações de revisão do acordo de empresa. Em comunicado conjunto, emitido sexta-feira, após o adiamento de mais uma sessão negocial, oito sindicatos representativos dos trabalhadores do sector (entre os quais, o SNTCT e o Sinttav, filiados na CGTP-IN) expressaram a sua preocupação, acusando a administração: «não avança, não altera as suas propostas mais gravosas e parece, apenas, querer servir de árbitro entre os representantes dos trabalhadores, papel que não lhe cabe». Os sindicatos admitem «tomar as medidas necessárias para evitar a diminuição dos direitos», particularmente, o direito à negociação colectiva, e rejeitam aquilo que, paralelamente, vem acontecendo nestes oito meses de negociações: diminuição do poder de compra dos trabalhadores, retirada de serviço dos CTT (giros de distribuição e parte substancial do tratamento de correio) e «deslocações selvagens e diárias» de funcionários.