População protesta e exige soluções

Nápoles atolada em lixo

Nápoles está submersa em lixo devido ao esgotamento da capacidade dos aterros locais. A população protesta, mas as autoridades tardam em encontrar soluções duradouras.

Habitantes começam a queimar lixo acumulado

Desde o Natal que não se efectua recolha de resíduos sólidos na província de Nápoles e em toda a região da Campânia, no Sul de Itália. Na base do problema está, por um lado, o esgotamento da capacidade de um dos aterros sanitários em funcionamento, o qual atingiu o seu limite em meados do passado mês de Dezembro, e, por outro, a paralisação dos trabalhadores da restante infraestrutura ainda operacional, a lixeira de Caivano, embora também esta esteja próxima da ruptura, afirmam os grevistas.
Neste contexto, as sete centrais de triagem e tratamento existentes na região não têm para onde escoar os detritos, por isso não recebem nem mais uma tonelada de lixo. Reacção em cadeia, as pilhas acumulam-se há mais de três semanas nas ruas, com particular gravidade nos bairros periféricos da cidade de Nápoles.
Imagens divulgadas na Internet mostram vias e estradas de acesso ao centro histórico pejadas de lixo. Num dos vídeos, é possível acompanhar o percurso rodoviário entre uma zona residencial e a maior estação de comboios onde, de um lado e do outro da estrada, outra coisa não se vê que não sejam montes de lixo com cerca de um metro de altura.

Perigo para a saúde pública

A população, farta de promessas sobre a resolução de um problema que, dizem, se arrasta desde 1994, já começou a resolver a questão com os meios à disposição procedendo a centenas de queimadas em plena malha urbana.
As autoridades apelam aos napolitanos para que mantenham a calma e não procedam à incineração do lixo acumulado, mas os habitantes, rodeados de entulho e obrigados a conviver com o cheiro nauseabundo não estão para meias medidas.
Na última semana registaram-se diversos focos de confronto entre os Carabinieri e a população que protesta desesperada. Em Maio do ano passado verificou-se uma situação semelhante de acumulação de lixo, mas nem as autoridades locais, nem o governo liderado por Romano Prodi agiram por forma a evitar a mais que previsível falência do sistema, acusa o povo.


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