A posição assumida pelo Governo Civil de Braga junto do Procurador-geral da República, a propósito do processo no Ministério Público contra quatro destacados sindicalistas, também dirigentes locais e distritais do PCP, representa uma interferência directa na competência dos tribunais, acusa a Comissão Concelhia de Guimarães do PCP. Uma tal actuação do Governo Civil de Braga, que vai ao ponto de exigir a punição dos activistas, merece, pois, uma viva condenação política, diz o PCP, para quem «atitudes como esta só têm paralelo em tempos idos onde os cidadãos eram presos e torturados antes de serem julgados».
Assim, a Concelhia do PCP exige a demissão do Governador Civil de Braga, ou que ele próprio o faça, e apela à solidariedade dos trabalhadores para com estes sindicalistas. Entretanto, garante que, «ontem como hoje, a luta vai continuar por uma sociedade mais justa para todos, contra as injustiças e por uma nova política, uma política de progresso e desenvolvimento do País».