PCP tem alternativa
A Conferência Nacional do PCP sobre Questões Económicas e Sociais está a ser preparada pelas organizações de todo o Partido, em reuniões e assembleias, que elegem também os seus delegados.
Está nas mãos dos trabalhadores a construção de um Portugal com futuro
A organização do PCP na Madeira, por exemplo, promoveu, no dia 27 de Outubro, a I Conferência Regional sobre Questões Económicas e Sociais, com mais de 150 participantes, que aprovaram um Manifesto «Outro Rumo», onde são retratados os factores e contornos da crise económica nos principais sectores de actividade nos vários concelhos.
Para o PCP/Madeira, o «modelo de desenvolvimento» Regional tem sido um «fracasso», que se tem traduzido pela desagregação das actividades produtivas.
De facto, o processo de crescimento da Região tem levado a uma crescente concentração da riqueza, à debilitação dos sectores produtivos e à acentuação dos seus défices estruturais e dependência, pela mão dos governos do PSD Madeira, «campeão da Autonomia».
Numa análise à evolução da situação económica da Região, o PCP refere o caso da banana, que baixou a sua produção de 30 mil toneladas em 1995 para 20 mil em 2000, e apenas 13 mil toneladas em 2005; o completo desaproveitamento da zona económica marítima; a brutal redução leiteira, no sector pecuário; ou a falência ou extinção da esmagadora maioria das fábricas de bordados, factores que têm levado a uma cada vez maior fragilização do arquipélago.
É certo, diz o PCP, que os governos do PSD têm aproveitado os grossos subsídios da União Europeia para a construção de vias rápidas, o que seria um factor positivo se fosse acompanhado pelo planeamento e execução de fortes investimentos nos sectores produtivos da economia. Como não é, estas infraestruturas facilitam as comunicações mas modificam a paisagem, «sem cumprir a finalidade de apoiar um pólo de verdadeiro desenvolvimento económico».
O Manifesto aponta, entretanto, alguns dos vectores essenciais para uma política alternativa, que passam, entre outros, pela inversão da dependência económica, alargamento do mercado interno, aumento da produtividade; nova política fiscal; combate ao despesismo; valorização do trabalho e dos trabalhadores.
Ovar
Em Ovar, a apresentação do texto-base da Conferência esteve a cargo de Rogério Reis, membro do Comité Central, que impulsionou um debate vivo e amplamente participado.
Num quadro de «tão sentidas dificuldades e de horizontes sombrios sobre o país e as suas perspectivas de desenvolvimento», o PCP, com esta Conferência, dizem, reitera «a sua firme convicção de que não só é possível como está nas mãos dos trabalhadores e do povo a construção de um Portugal com futuro, assente num novo rumo e numa nova política, ao serviço do povo e do país». O que só é alcançável através da «ruptura com as políticas de direita que há mais de 3 décadas comprometem o País e hipotecam as suas possibilidades de desenvolvimento». Amplamente citados, foram exemplos locais sobre as consequências destas políticas num concelho em profunda depressão, «onde se assistiu ao longo dos anos à perda de milhares de postos de trabalho na indústria e ao definhamento da agricultura e da pesca».
Depois dos vários contributos entregues à mesa para enriquecimento do texto-base, este foi aprovado por unanimidade, tendo os participantes realçado a necessidade de o PCP se assumir como uma força de proposta e de projecto, portador de uma política alternativa indispensável à construção de um Portugal com futuro.
Portalegre
Mulheres, as mais penalizadas
O organismo junto da Direcção da Organização de Portalegre para o trabalho junto das mulheres promoveu, no passado dia 4, uma iniciativa sob o lema «A mulher e o emprego. A luta pela igualdade de direitos», com a participação de Fernanda Mateus, membro da Comissão Política.
Cerca de 30 mulheres de diversos concelhos e de diferentes sectores de actividade discutiram e aprofundaram um conjunto de realidades do distrito, onde num total de 121.238 habitantes, 51,6% são mulheres.
Para além de um crescimento populacional negativo, no distrito de Portalegre agrava-se a situação do desemprego, dos baixos salários, da precariedade, do encerramento de empresas. O salário médio mensal é, de resto, o mais baixo da região Alentejo, com cerca de menos 150 euros relativamente à média nacional.
Neste panorama, as mulheres são as mais fortemente atingidas, constituindo 61% dos desempregados. São ainda de mão-de-obra feminina os sectores com mais baixos salários (sector têxtil, corticeiras) ou de maior precariedade (comércio), continuando a praticar-se a discriminação salarial (menos cerca de 100 euros) em várias empresas. Mas também o encerramento de serviços públicos e a privatização de apoios às famílias, concluiu o debate, são factores que dificultam às mulheres a constituição de família e a opção pela maternidade.
Para o PCP/Madeira, o «modelo de desenvolvimento» Regional tem sido um «fracasso», que se tem traduzido pela desagregação das actividades produtivas.
De facto, o processo de crescimento da Região tem levado a uma crescente concentração da riqueza, à debilitação dos sectores produtivos e à acentuação dos seus défices estruturais e dependência, pela mão dos governos do PSD Madeira, «campeão da Autonomia».
Numa análise à evolução da situação económica da Região, o PCP refere o caso da banana, que baixou a sua produção de 30 mil toneladas em 1995 para 20 mil em 2000, e apenas 13 mil toneladas em 2005; o completo desaproveitamento da zona económica marítima; a brutal redução leiteira, no sector pecuário; ou a falência ou extinção da esmagadora maioria das fábricas de bordados, factores que têm levado a uma cada vez maior fragilização do arquipélago.
É certo, diz o PCP, que os governos do PSD têm aproveitado os grossos subsídios da União Europeia para a construção de vias rápidas, o que seria um factor positivo se fosse acompanhado pelo planeamento e execução de fortes investimentos nos sectores produtivos da economia. Como não é, estas infraestruturas facilitam as comunicações mas modificam a paisagem, «sem cumprir a finalidade de apoiar um pólo de verdadeiro desenvolvimento económico».
O Manifesto aponta, entretanto, alguns dos vectores essenciais para uma política alternativa, que passam, entre outros, pela inversão da dependência económica, alargamento do mercado interno, aumento da produtividade; nova política fiscal; combate ao despesismo; valorização do trabalho e dos trabalhadores.
Ovar
Em Ovar, a apresentação do texto-base da Conferência esteve a cargo de Rogério Reis, membro do Comité Central, que impulsionou um debate vivo e amplamente participado.
Num quadro de «tão sentidas dificuldades e de horizontes sombrios sobre o país e as suas perspectivas de desenvolvimento», o PCP, com esta Conferência, dizem, reitera «a sua firme convicção de que não só é possível como está nas mãos dos trabalhadores e do povo a construção de um Portugal com futuro, assente num novo rumo e numa nova política, ao serviço do povo e do país». O que só é alcançável através da «ruptura com as políticas de direita que há mais de 3 décadas comprometem o País e hipotecam as suas possibilidades de desenvolvimento». Amplamente citados, foram exemplos locais sobre as consequências destas políticas num concelho em profunda depressão, «onde se assistiu ao longo dos anos à perda de milhares de postos de trabalho na indústria e ao definhamento da agricultura e da pesca».
Depois dos vários contributos entregues à mesa para enriquecimento do texto-base, este foi aprovado por unanimidade, tendo os participantes realçado a necessidade de o PCP se assumir como uma força de proposta e de projecto, portador de uma política alternativa indispensável à construção de um Portugal com futuro.
Portalegre
Mulheres, as mais penalizadas
O organismo junto da Direcção da Organização de Portalegre para o trabalho junto das mulheres promoveu, no passado dia 4, uma iniciativa sob o lema «A mulher e o emprego. A luta pela igualdade de direitos», com a participação de Fernanda Mateus, membro da Comissão Política.
Cerca de 30 mulheres de diversos concelhos e de diferentes sectores de actividade discutiram e aprofundaram um conjunto de realidades do distrito, onde num total de 121.238 habitantes, 51,6% são mulheres.
Para além de um crescimento populacional negativo, no distrito de Portalegre agrava-se a situação do desemprego, dos baixos salários, da precariedade, do encerramento de empresas. O salário médio mensal é, de resto, o mais baixo da região Alentejo, com cerca de menos 150 euros relativamente à média nacional.
Neste panorama, as mulheres são as mais fortemente atingidas, constituindo 61% dos desempregados. São ainda de mão-de-obra feminina os sectores com mais baixos salários (sector têxtil, corticeiras) ou de maior precariedade (comércio), continuando a praticar-se a discriminação salarial (menos cerca de 100 euros) em várias empresas. Mas também o encerramento de serviços públicos e a privatização de apoios às famílias, concluiu o debate, são factores que dificultam às mulheres a constituição de família e a opção pela maternidade.