Nestas jornadas de estudo em Portugal colocámos no centro do debate a valorização do trabalho, sem o qual não há progresso e desenvolvimento, numa posição clara da nossa opção no debate que se trava na União Europeia.
O artigo completo está disponível na edição impressa ou por assinatura on-line
Já é assinante ou comprou o Avante! esta semana? Inicie sessão
Foi no passado dia 2 de Outubro que se celebrou o 90.° aniversário de Óscar Lopes, figura ímpar das nossas letras e ensaísta de reconhecido prestígio a quem, por iniciativa do infatigável editor José da Cruz Santos e da Cooperativa Árvore, se tem prestado, durante a semana que agora termina, um tributo de grande elevação, à altura da grandeza científica, cívica e pessoal do homenageado. Indissociável da valiosíssima obra realizada, a trajectória da vida de Óscar Lopes impõe-se-nos como um exemplo de verticalidade e inteireza moral e ideológica. Recordemo-
-la pois, de modo necessariamente sumário, até porque ela se distingue, desde logo, pelo modo como soube alicerçar um excepcional percurso de investigação
e docência numa visão mais ampla do mundo, determinada pela condição de marxista e de militante comunista de longa data. Em 1997, declara: «Sou comunista e serei sempre comunista; porque para mim isso encerra um significado muito radical. (...) Consigo manter relações com as camadas mais pobres e, sobretudo, uma enorme simpatia, que creio que é cultural, como o Raul Brandão, que exerceu uma forte influência em mim.»(1)