Malefícios da liberalização

«A liberalização do transporte ferroviário não demonstrou, em nenhum caso, nem sob qualquer modelo, nenhum benefício para os cidadãos, nem de serviço, nem de qualidade, nem de redução de tarifas», afirma-se numa declaração conjunta de sindicatos ferroviários de Portugal, Espanha e França, divulgada pouco depois de o Parlamento Europeu aprovar o «terceiro pacote» (ver pág. 20).
O SNTSF/CGTP-IN e as estruturas congéneres das Comisiones Obreras espanholas e da CGT francesa afirmam mesmo que, «bem pelo contrário, a privatização, a desregulamentação do caminho-de-ferro e a criação de novas empresas conduziram a um aumento dos preços, um importante aumento dos impostos e uma degradação dos serviços oferecidos aos cidadãos, da sua qualidade e, inclusive, da sua segurança».

Alguém ganhou

Notam as estruturas sindicais que, «enquanto os lucros dessas empresas vão crescendo, perdem-se milhares de postos de trabalho, assiste-se a uma degradação das condições de trabalho e instala-se um critério de competência baseado exclusivamente na redução dos custos, em lugar da melhoria da oferta de serviços».
Já a consolidação de um espaço ferroviário europeu «produz uma crescente inter-relação entre os serviços ferroviários dos distintos países e das suas empresas, observando-se, nos últimos tempos, como grandes empresas absorvem ou compra outras, em muitos casos, empresas tradicionais ou parte delas, criando grandes grupos transnacionais, com grande capacidade de pressão para fazer prevalecer os seus interesses, em detrimento da cooperação entre empresas, que historicamente se vinha realizando».
Na declaração defende-se «um caminho-de-ferro público, social e de qualidade».


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