Recordar o V Congresso do PCP
Realizou-se, no dia 29, no Salão Nobre da Junta de Freguesia do Estoril, uma sessão evocativa do 50.º aniversário do V Congresso do PCP, realizado nos primeiros dias de Setembro de 1957, nas mais rigorosas condições de clandestinidade, numa vivenda, ainda hoje existente, daquela freguesia. Na sessão, que contou com a presença de Domingos Abrantes, membro do Comité Central, participaram cerca de 40 pessoas.
Domingos Abrantes, que participou no V Congresso, contou como decorreu a sua fase preparatória e o seu funcionamento, salientando os complexos problemas conspirativos e organizativos a que foi necessário dar resposta, nomeadamente transportar e acolher, sem levantar suspeitas, as cerca de cinco dezenas de delegados. Em sua opinião, o facto de o congresso se ter realizado nestas condições representa por si só um grande feito do Partido e uma grande derrota para o aparelho repressivo do fascismo.
Foram também abordadas as condições em que se realizou o Congresso, quer ao nível partidário quer da situação política nacional e internacional. Foi neste Congresso, contou, que se institucionalizou a orientação que vinha a ser elaborada desde meados da década de 50, que ficaria mais tarde conhecida como «o desvio de direita no PCP dos anos 56/59», e que seria rectificada na reunião do Comité Central do início de 1960.
Mas o V Congresso não se pode limitar a este aspecto, realçou Domingos Abrantes. O orador chamou a atenção para o grande significado que teve na altura a declaração de reconhecimento do direito dos povos das colónias de África à imediata e completa independência. Mas, destacou, o Partido não se limitou a elaborar uma declaração de princípio, afirmando a sua disposição de apoiar a formação de organizações capazes de travar a luta pela independência.
De igual modo, foi salientada a importância que teve, há 50 anos, para o desenvolvimento da luta da classe operária o apelo à luta pelo estabelecimento do salário mínimo, do horário de trabalho de oito horas diárias e 44 horas semanais, o direito a 15 dias de férias pagas para todos os trabalhadores, bem como as medidas para uma maior intervenção nos sindicatos nacionais.
Domingos Abrantes, que participou no V Congresso, contou como decorreu a sua fase preparatória e o seu funcionamento, salientando os complexos problemas conspirativos e organizativos a que foi necessário dar resposta, nomeadamente transportar e acolher, sem levantar suspeitas, as cerca de cinco dezenas de delegados. Em sua opinião, o facto de o congresso se ter realizado nestas condições representa por si só um grande feito do Partido e uma grande derrota para o aparelho repressivo do fascismo.
Foram também abordadas as condições em que se realizou o Congresso, quer ao nível partidário quer da situação política nacional e internacional. Foi neste Congresso, contou, que se institucionalizou a orientação que vinha a ser elaborada desde meados da década de 50, que ficaria mais tarde conhecida como «o desvio de direita no PCP dos anos 56/59», e que seria rectificada na reunião do Comité Central do início de 1960.
Mas o V Congresso não se pode limitar a este aspecto, realçou Domingos Abrantes. O orador chamou a atenção para o grande significado que teve na altura a declaração de reconhecimento do direito dos povos das colónias de África à imediata e completa independência. Mas, destacou, o Partido não se limitou a elaborar uma declaração de princípio, afirmando a sua disposição de apoiar a formação de organizações capazes de travar a luta pela independência.
De igual modo, foi salientada a importância que teve, há 50 anos, para o desenvolvimento da luta da classe operária o apelo à luta pelo estabelecimento do salário mínimo, do horário de trabalho de oito horas diárias e 44 horas semanais, o direito a 15 dias de férias pagas para todos os trabalhadores, bem como as medidas para uma maior intervenção nos sindicatos nacionais.