Os músicos profissionais do Algarve mostram grande preocupação com o seu destino incerto, devido à grande sazonalidade dos contratos e à sub-ocupação. O alerta foi dado pela delegação Sul do Sindicato dos Músicos, a propósito do Dia Mundial da Música, assinalado a 1 de Outubro. Na nota enviada à comunicação social, refere-se que são afectados os profissionais da música ligeira. O sindicato descreve um cenário de precariedade laboral e desemprego, com as empresas do sector a recorrerem a mão-de-obra barata, sem qualquer especialidade, contribuindo para espectáculos sem nível cultural.
Na mesma ocasião, a Fenprof saudou os músicos e os professores de Música, particularmente o esforço destes docentes para «manter viva uma área de formação de inquestionável importância na "construção" de homens pluridimensionais». A federação denunciou várias situações que contrariam os interesses dos professores, das populações e das escolas de Música, a começar pela necessidade «inadiável» de criar «condições de estabilidade e segurança para os docentes contratados nos conservatórios», com a criação urgente dos quadros destas escolas e o acesso dos docentes à profissionalização. Reclama ainda «medidas de apoio financeiro, que ponham fim às enormes dificuldades que atingem as escolas profissionais de Música» e que seja devidamente considerado «o papel insubstituível desempenhado por inúmeras academias, escolas de Música, bandas».