Igreja italiana sob suspeita
A Comissão Europeia pediu informações ao governo italiano sobre os benefícios fiscais que a Igreja Católica goza no país. A iniciativa, segundo explicou na passada semana o porta-voz da Concorrência, Jonathan Todd, foi motivada por «denúncias» recebidas em Bruxelas que questionam a legalidade de tal regime à luz das regras europeias. Os beneficios fiscais em causa foram outorgados em 2005 pelo governo de Sílvio Berlusconi e isentavam de contribuições todo o património imobiliário da Igreja, parte do qual é utilizado para actividades comerciais, designadamente hotéis e clínicas de saúde privadas.
Com a chegada do novo governo de centro-esquerda estes benefícios foram revistos e limitados aos imóveis destinados a «actividades que não são exclusivamente comerciais». Contudo, esta nova formulação continua a permitir que numerosos estabelecimentos comerciais da Igreja fujam ao fisco com o pretexto de que ali também se realizam actividades religiosas.
Com a chegada do novo governo de centro-esquerda estes benefícios foram revistos e limitados aos imóveis destinados a «actividades que não são exclusivamente comerciais». Contudo, esta nova formulação continua a permitir que numerosos estabelecimentos comerciais da Igreja fujam ao fisco com o pretexto de que ali também se realizam actividades religiosas.