Eurostat confirma agravamento

A informação divulgada na semana passada pelo Eurostat «confirma o agravamento do desemprego em Portugal, cuja taxa é a sexta mais elevada da União Europeia», salientou a CGTP-IN, rejeitando que os números da Estatística da UE permitam concluir por uma descida do índice.
A taxa de desemprego, em Maio, foi de 7,9 por cento, em Portugal – segundo divulgou o Eurostat no dia 3 –, situando-se quase um ponto percentual acima da média da União Europeia (sete por cento) e deixando o nosso país abaixo, apenas, da Eslováquia (10,8 por cento), da Polónia (10,5), da França (8,7), da Grécia (8,6) e de Espanha (8,2). Na nota de imprensa que a CGTP-IN divulgou, recorda-se, a propósito, que «Portugal passou a ter uma taxa de desemprego mais elevada que a média da União Europeia no quarto trimestre de 2006».
O indicador de Maio, refere a central, representa um novo agravamento, relativamente ao mesmo mês de 2006 (era então de 7,7 por cento), uma variação que é a inversa da registada na taxa de desemprego média da UE (esta baixou um por cento no mesmo período) e de 22 estados-membros.
A CGTP-IN explica que a taxa de 7,9 por cento, do Eurostat, «em nada contradiz a que foi divulgada pelo INE no primeiro trimestre de 2007 (8,4 por cento), nem permite concluir estarmos perante uma descida do nível de desemprego, uma vez que, além de o período não ser o mesmo, houve, como se referiu, um agravamento anual da mesma» e, «além disso, a estimativa mensal do Eurostat baseia-se nos dados do INE do primeiro trimestre e no desemprego registado em Maio pelo IEFP (registo esse que actualmente levanta muitas dúvidas)».
«Estes dados serão posteriormente corrigidos, certamente para cima, com a divulgação do Inquérito ao Emprego do INE relativo ao segundo trimestre», prevê a Inter, reafirmando que «o desemprego não se combate apenas com medidas de políticas activas avulsas e requentadas, mas com uma verdadeira estratégia de desenvolvimento económico e social» e «com uma mudança de rumo das políticas que têm vindo a ser seguidas e que estão na origem dos graves problemas que os trabalhadores e o País enfrentam».


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