Governo continua a encerrar serviços de saúde
O Governo, através do Ministério da Saúde, continua a encerrar serviços de saúde sem que entretanto sejam criadas condições alternativas para serem prestados cuidados de saúde com a qualidade e em instalações a que os utentes têm direito.
população quer é ter médicos e atendimento 24 horas por dia
O caso mais recente é a tentativa do Ministério da Saúde encerrar o serviço de atendimento de doentes urgentes (SADU) no Hospital de S. Bernardo em Setúbal, obrigando os utentes a deslocarem-se aos centros de saúde que não têm nem os equipamentos de diagnósticos e outros nem os horários de funcionamento tão alargados quanto os do SADU. Tal situação traria um enorme prejuízo e negação de direitos que os utentes conquistaram através do Serviço Nacional de Saúde, que o Governo pretende a todo o custo aniquilar, criando as condições para fazer da saúde um negócio.
Entretanto, as lutas, contra esta política de destruição dos serviços de saúde, adensam-se. Na Marinha Grande, a Junta de Freguesia reclamou um horário de atendimento de 24 horas para os doentes da cidade mesmo que venha a ser encerrado o actual Serviço de Atendimento Permanente (SAP) no Centro de Saúde local.
No final de uma reunião com a direcção do centro de saúde, que se realizou na passada semana, o presidente da Junta de Freguesia, Francisco Duarte, afirmou que a população «quer é ter médicos e atendimento 24 horas por dia», mesmo que o Governo mantenha a decisão de encerrar o actual SAP.
Em Peniche, a Câmara Municipal entregou, recentemente, ao ministro da Saúde um estudo que pretende fundamentar a necessidade de manter o serviço de urgência do hospital local em vez do seu encerramento. Segundo o estudo «não foram tidas em conta as actividades da pesca e de existirem cada vez mais embarcações marítimo-turísticas para as Berlengas e que, em caso de acidente, necessitam de urgência próxima».
Vendas Novas
«Vitória da população e da razão»
Entretanto, da luta também saem vitórias. Quinta-feira o ministro da Saúde ordenou a reabertura do serviço nocturno no Serviço de Atendimento Permanente (SAP) de Vendas Novas, em cumprimento de uma decisão do Tribunal Administrativo e Fiscal de Beja.
Ao tomar conhecimento da decisão, o presidente do município, José Figueira, congratulou-se com a reabertura do SAP, que presta as urgências na cidade, considerando ser uma «vitória da população e da razão».
Por seu lado, o PCP, em nota do Gabinete de Imprensa, acentuou que a decisão do tribunal reforça a exigência dos comunistas «para que se pare imediatamente com todo o processo de reestruturação das urgências do País, que se reabra tudo o que foi encerrado e a partir daí se criem as condições para realizar uma verdadeira reforma destes serviços com a participação dos profissionais do sector, das populações e seus representantes».
Dias antes, o município atribuiu ao Governo a responsabilidade política pela morte de uma mulher, residente próximo do SAP de Vendas Novas, que faleceu a caminho do Hospital de Évora, vítima de uma paragem cardio-respiratória.
«Estamos perante mais um acontecimento de extrema gravidade, na sequência da desresponsabilização do Estado, não garantindo o acesso aos cuidados de saúde, em igualdade, a todos os cidadãos», denunciou, na altura, a Direcção da Organização Regional de Évora do PCP.
Entretanto, as lutas, contra esta política de destruição dos serviços de saúde, adensam-se. Na Marinha Grande, a Junta de Freguesia reclamou um horário de atendimento de 24 horas para os doentes da cidade mesmo que venha a ser encerrado o actual Serviço de Atendimento Permanente (SAP) no Centro de Saúde local.
No final de uma reunião com a direcção do centro de saúde, que se realizou na passada semana, o presidente da Junta de Freguesia, Francisco Duarte, afirmou que a população «quer é ter médicos e atendimento 24 horas por dia», mesmo que o Governo mantenha a decisão de encerrar o actual SAP.
Em Peniche, a Câmara Municipal entregou, recentemente, ao ministro da Saúde um estudo que pretende fundamentar a necessidade de manter o serviço de urgência do hospital local em vez do seu encerramento. Segundo o estudo «não foram tidas em conta as actividades da pesca e de existirem cada vez mais embarcações marítimo-turísticas para as Berlengas e que, em caso de acidente, necessitam de urgência próxima».
Vendas Novas
«Vitória da população e da razão»
Entretanto, da luta também saem vitórias. Quinta-feira o ministro da Saúde ordenou a reabertura do serviço nocturno no Serviço de Atendimento Permanente (SAP) de Vendas Novas, em cumprimento de uma decisão do Tribunal Administrativo e Fiscal de Beja.
Ao tomar conhecimento da decisão, o presidente do município, José Figueira, congratulou-se com a reabertura do SAP, que presta as urgências na cidade, considerando ser uma «vitória da população e da razão».
Por seu lado, o PCP, em nota do Gabinete de Imprensa, acentuou que a decisão do tribunal reforça a exigência dos comunistas «para que se pare imediatamente com todo o processo de reestruturação das urgências do País, que se reabra tudo o que foi encerrado e a partir daí se criem as condições para realizar uma verdadeira reforma destes serviços com a participação dos profissionais do sector, das populações e seus representantes».
Dias antes, o município atribuiu ao Governo a responsabilidade política pela morte de uma mulher, residente próximo do SAP de Vendas Novas, que faleceu a caminho do Hospital de Évora, vítima de uma paragem cardio-respiratória.
«Estamos perante mais um acontecimento de extrema gravidade, na sequência da desresponsabilização do Estado, não garantindo o acesso aos cuidados de saúde, em igualdade, a todos os cidadãos», denunciou, na altura, a Direcção da Organização Regional de Évora do PCP.