Valorização do Tapete de Arraiolos

Governo não ata nem desata

Está a causar estranheza e preocupação a paralisia no processo relativo à entrada em funcionamento do Centro para a Promoção e Valorização do Tapete de Arraiolos. Este sentimento, partilhado pela generalidade dos produtores de tapetes, pelos órgãos autárquicos e mesmo por entidades oficiais, ainda muito recentemente foi testemunhado na iniciativa o «Tapete está na rua» levada a cabo pela Câmara Municipal de Arraiolos.
Em causa, concretamente, está o facto de o projecto de estatutos do referido Centro continuar, sem qualquer explicação, a «marinar» nos gabinetes do Ministério da Segurança Social e do Trabalho sem que até ao momento lhe tenha sido dada sequência.
Ora, como assinala o deputado comunista Lino de Carvalho, em requerimento ao Governo, a aprovação e publicação dos estatutos é essencial para que entre em funcionamento aquela estrutura de promoção e valorização do tapete de Arraiolos, produto de artesanato genuinamente português.
E daí que resulte incompreensível tanta demora, tanto mais que a criação do Centro para a Promoção e Valorização do Tapete de Arraiolos – em resultado de um projecto de lei do PCP, a que se associou, posteriormente, com uma iniciativa idêntica, o PS – foi aprovada pelo Parlamento em Janeiro de 2002, tendo a sua comissão instaladora tomado posse em Novembro do mesmo ano.
Pertinente e oportuno, por isso, o pedido de esclarecimento do parlamentar comunista com vista a saber das razões para tamanho atraso na aprovação do projecto de estatutos e consequente efectiva entrada em funcionamento do Centro para a Promoção e Valorização do Tapete de Arraiolos.
«Entende o Governo valorizar e promover o Tapete de Arraiolos, designadamente através da preferência que lhe possa ser dada na decoração de gabinetes de titulares dos órgãos de soberania e embaixadas, para além de acções de promoção através do ICEP ?», questiona ainda o deputado do PCP no texto dirigido ao Ministério da Segurança Social e do Trabalho.


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