A ÚNICA ALTERNATIVA
«A CDU é a única alternativa à política a que PS e PSD pretendem dar continuidade»
Acerca de dois meses das eleições intercalares para a Câmara Municipal de Lisboa, vale a pena relembrar alguns factos cuja consideração por parte do eleitorado da capital é indispensável para uma opção de voto informada, lúcida e de acordo com os interesses do município e dos munícipes nas eleições de 15 de Julho.
Olhando para o que tem sido a governação do município da capital nas últimas décadas, é fácil constatar que - salvo nos anos em que foi governada por uma coligação entre o PS e o PCP e os seus aliados - Lisboa foi submetida a uma catastrófica gestão de direita, gravemente lesiva dos interesses da cidade e dos seus habitantes.
Foi assim com a desastrosa gestão Abecassis e, mais recentemente, com Santana Lopes e Carmona Rodrigues, cujas intervenções enquanto presidentes da Câmara de Lisboa constituíram um autêntico flagelo. Sublinhe-se, no entanto, o que – a bem da verdade e por se tratar de um dado de relevância maior - é indispensável sublinhar: parte grande das maiores malfeitorias levadas à prática nesses dois períodos de gestão de direita só foram possíveis graças à conivência com essa gestão por parte dos eleitos do PS. De tal modo que, destes pode e deve dizer-se que apoiaram, em muitos casos de forma determinante, tudo o que de mais negativo foi decidido pelos executivos PSD, sendo, por isso, co-autores da política de destruição da cidade.
Nos antípodas dessa postura conivente protagonizada pelo PS está a intervenção dos eleitos do PCP e dos seus aliados durante esses mesmos períodos: deles pode e deve dizer-se que, em todos os órgãos autárquicos, ocuparam a primeira linha na luta contra a política de direita e pela defesa dos interesses do município e da sua população.
Diferente, felizmente para a cidade, foi a gestão da Coligação por Lisboa -diferente pela positiva, como viu quem quis ver a obra então realizada, da qual emergia, de forma inequívoca, a superior qualidade do trabalho autárquico da CDU. Um trabalho que conferiu à intervenção da Coligação um claro conteúdo de esquerda e uma efectiva vontade de resolver – e resolvendo – muitos dos problemas da cidade.
Exemplo flagrante da conivência do PS com o PSD é o caso do negócio Câmara/Bragaparques com a permuta de terrenos do Parque Mayer e da Feira Popular, negócio que, como se sabe, está na origem da realização destas eleições intercalares. O referido negócio passou, na Câmara (onde, então, o Bloco de Esquerda não tinha qualquer eleito), com os votos do PSD, do CDS/PP e do PS; e passou na Assembleia Municipal (onde a direita estava em minoria e, sublinhe-se, cujo resultado da votação era decisivo) com os votos de todas as forças políticas que o tinham aprovado na Câmara, mais os votos do Bloco de Esquerda. Temos, então, que o negócio que - nunca é demais insistir – levou à realização destas eleições intercalares foi apoiado pelos eleitos do PSD, do CDS/PP, do PS e do Bloco de Esquerda. Temos, então, que, como é sabido mas vale a pena relembrar, os eleitos do PCP na Câmara e os eleitos do PCP e do PEV na Assembleia Municipal foram os únicos que opuseram o seu voto ao negócio Câmara/Bragaparques – num caso e noutro sozinhos. E não apenas se opuseram: denunciaram-no no devido tempo e ao longo dos tempos. Foi, aliás, na sequência dessas queixas apresentadas pelo PCP (designadamente na Procuradoria Geral da República e na Polícia Judiciária) que foram instaurados os processos judiciais que viriam a provocar a demissão de todos os vereadores e a realização das eleições intercalares.
Quer tudo isto dizer que, nas eleições de 15 de Julho, a alternativa que se coloca ao eleitorado de Lisboa é simples: ou votar na continuação da política autárquica do PS ou do PSD – a política que conduziu a cidade à situação presente; ou votar nos que se lhe opõem e lhe contrapõem uma política autárquica ao serviço da cidade e da sua população: a CDU.
Anteontem a CDU procedeu à apresentação pública da sua lista. Com Ruben de Carvalho à frente de uma equipa portadora da experiência acumulada de muitos anos de intervenção na defesa intransigente dos interesses da cidade e dos munícipes – e com inequívocas provas dadas nos dois anos de duração do mandato agora interrompido - a CDU apresenta-se de facto como a única alternativa à política a que PS e PSD (fingindo-se adversários mas sendo, de facto, defensores e praticantes de uma política idêntica) pretendem dar continuidade, com o tradicional mais do mesmo a que nos têm habituado.
Assim, por tudo o que acima foi relembrado: pela história do poder local em Lisboa desde o 25 de Abril e pelo papel desempenhado pelas diversas forças políticas ao longo dos anos - fica claro que, ao contrário do que dizem os candidatos do PS e do PSD, a eventual vitória de qualquer deles não só não resolveria nenhum dos grandes problemas da cidade como, pelo contrário, acentuaria o agravamento de todos eles. E é também à luz dos factos relembrados que, como afirmou o responsável pela organização do PCP na cidade, é «para ganhar» que a CDU se apresenta às eleições de 15 de Julho.
Assim sendo, a batalha eleitoral que aí vem coloca enormes exigências aos militantes comunistas e aos restantes activistas da CDU na cidade, impondo-se como tarefa prioritária imediatamente a seguir à greve geral de 30 de Maio – uma tarefa na qual a acção esclarecedora junto da população se reveste de uma importância crucial.
Olhando para o que tem sido a governação do município da capital nas últimas décadas, é fácil constatar que - salvo nos anos em que foi governada por uma coligação entre o PS e o PCP e os seus aliados - Lisboa foi submetida a uma catastrófica gestão de direita, gravemente lesiva dos interesses da cidade e dos seus habitantes.
Foi assim com a desastrosa gestão Abecassis e, mais recentemente, com Santana Lopes e Carmona Rodrigues, cujas intervenções enquanto presidentes da Câmara de Lisboa constituíram um autêntico flagelo. Sublinhe-se, no entanto, o que – a bem da verdade e por se tratar de um dado de relevância maior - é indispensável sublinhar: parte grande das maiores malfeitorias levadas à prática nesses dois períodos de gestão de direita só foram possíveis graças à conivência com essa gestão por parte dos eleitos do PS. De tal modo que, destes pode e deve dizer-se que apoiaram, em muitos casos de forma determinante, tudo o que de mais negativo foi decidido pelos executivos PSD, sendo, por isso, co-autores da política de destruição da cidade.
Nos antípodas dessa postura conivente protagonizada pelo PS está a intervenção dos eleitos do PCP e dos seus aliados durante esses mesmos períodos: deles pode e deve dizer-se que, em todos os órgãos autárquicos, ocuparam a primeira linha na luta contra a política de direita e pela defesa dos interesses do município e da sua população.
Diferente, felizmente para a cidade, foi a gestão da Coligação por Lisboa -diferente pela positiva, como viu quem quis ver a obra então realizada, da qual emergia, de forma inequívoca, a superior qualidade do trabalho autárquico da CDU. Um trabalho que conferiu à intervenção da Coligação um claro conteúdo de esquerda e uma efectiva vontade de resolver – e resolvendo – muitos dos problemas da cidade.
Exemplo flagrante da conivência do PS com o PSD é o caso do negócio Câmara/Bragaparques com a permuta de terrenos do Parque Mayer e da Feira Popular, negócio que, como se sabe, está na origem da realização destas eleições intercalares. O referido negócio passou, na Câmara (onde, então, o Bloco de Esquerda não tinha qualquer eleito), com os votos do PSD, do CDS/PP e do PS; e passou na Assembleia Municipal (onde a direita estava em minoria e, sublinhe-se, cujo resultado da votação era decisivo) com os votos de todas as forças políticas que o tinham aprovado na Câmara, mais os votos do Bloco de Esquerda. Temos, então, que o negócio que - nunca é demais insistir – levou à realização destas eleições intercalares foi apoiado pelos eleitos do PSD, do CDS/PP, do PS e do Bloco de Esquerda. Temos, então, que, como é sabido mas vale a pena relembrar, os eleitos do PCP na Câmara e os eleitos do PCP e do PEV na Assembleia Municipal foram os únicos que opuseram o seu voto ao negócio Câmara/Bragaparques – num caso e noutro sozinhos. E não apenas se opuseram: denunciaram-no no devido tempo e ao longo dos tempos. Foi, aliás, na sequência dessas queixas apresentadas pelo PCP (designadamente na Procuradoria Geral da República e na Polícia Judiciária) que foram instaurados os processos judiciais que viriam a provocar a demissão de todos os vereadores e a realização das eleições intercalares.
Quer tudo isto dizer que, nas eleições de 15 de Julho, a alternativa que se coloca ao eleitorado de Lisboa é simples: ou votar na continuação da política autárquica do PS ou do PSD – a política que conduziu a cidade à situação presente; ou votar nos que se lhe opõem e lhe contrapõem uma política autárquica ao serviço da cidade e da sua população: a CDU.
Anteontem a CDU procedeu à apresentação pública da sua lista. Com Ruben de Carvalho à frente de uma equipa portadora da experiência acumulada de muitos anos de intervenção na defesa intransigente dos interesses da cidade e dos munícipes – e com inequívocas provas dadas nos dois anos de duração do mandato agora interrompido - a CDU apresenta-se de facto como a única alternativa à política a que PS e PSD (fingindo-se adversários mas sendo, de facto, defensores e praticantes de uma política idêntica) pretendem dar continuidade, com o tradicional mais do mesmo a que nos têm habituado.
Assim, por tudo o que acima foi relembrado: pela história do poder local em Lisboa desde o 25 de Abril e pelo papel desempenhado pelas diversas forças políticas ao longo dos anos - fica claro que, ao contrário do que dizem os candidatos do PS e do PSD, a eventual vitória de qualquer deles não só não resolveria nenhum dos grandes problemas da cidade como, pelo contrário, acentuaria o agravamento de todos eles. E é também à luz dos factos relembrados que, como afirmou o responsável pela organização do PCP na cidade, é «para ganhar» que a CDU se apresenta às eleições de 15 de Julho.
Assim sendo, a batalha eleitoral que aí vem coloca enormes exigências aos militantes comunistas e aos restantes activistas da CDU na cidade, impondo-se como tarefa prioritária imediatamente a seguir à greve geral de 30 de Maio – uma tarefa na qual a acção esclarecedora junto da população se reveste de uma importância crucial.