MOBILIZAR TUDO E TODOS
«Erguer a greve geral de 30 de Maio é a grande tarefa do momento»
O processo de construção de uma greve geral constitui uma das mais importantes e complexas tarefas que se colocam aos trabalhadores e às suas organizações de classe, tantos são os obstáculos que se lhes deparam e tantos são os esforços, a coragem e a determinação que a superação desses obstáculos exige. Com efeito, a greve geral, forma de luta superior dos explorados, causa sempre calafrios aos exploradores, os quais recorrem a todos os meios para a impedir ou para atenuar a sua amplitude, força e efeito. E, como a experiência nos mostra, numa sociedade fundada na exploração da imensa maioria por uma escassa minoria, são muitos os meios de que dispõem os exploradores - meios em muitos casos caracterizados por um vale-tudo de total e arrogante desprezo e violação de direitos democráticos, sociais e humanos e por uma prática de afrontamento de liberdades essenciais, como acontece actualmente no nosso País; meios que passam, também, como não podia deixar de ser, pela utilização dos seus homens de mão que, posicionados em diversas frentes - e disfarçados de representantes dos trabalhadores ou de comentadores políticos independentes – têm como tarefa exclusiva a tentativa de divisão dos trabalhadores visando enfraquecê-los e quebrar as suas capacidades de resistência e de luta.
Mas diz-nos igualmente essa mesma experiência que a força organizada dos trabalhadores, se utilizada com lúcido acerto – como é hábito no movimento sindical unitário português e como a intervenção da CGTP-IN o confirma todos os dias - constitui um instrumento capaz de enfrentar todos esses meios e de combater com êxito as ofensivas anti-laborais do governo do grande capital.
Sabe-se que o recurso dos trabalhadores à greve geral apenas ocorre em circunstâncias muito especiais, nomeadamente quando as justas reivindicações do mundo do trabalho face a políticas anti-laborais deparam, não apenas com o silêncio do governo do grande patronato, mas igualmente com a prossecução dessas políticas na perspectiva do seu agravamento. E é isso que, de forma evidente, acontece actualmente no nosso País. Ao contrário dos que, como o secretário geral da UGT, afirmam que se trata de uma «greve pela greve» para a qual «não há um motivo concreto», mostra a realidade, em primeiro lugar, que o recurso à greve geral marcada para 30 de Maio não decorreu de qualquer ideia de «luta pela luta«, antes surgiu na sequência de um vasto conjunto de importantes e justas lutas que, ao longo de muitos meses, envolveram centenas de milhares de trabalhadores de praticamente todos os sectores de actividade e que tiveram as suas expressões mais elevadas em duas poderosas demonstrações da força e da disponibilidade de luta dos trabalhadores: o Protesto Geral de 12 de Outubro do ano passado e a manifestação de 2 de Março passado – a que há que acrescentar, em 28 de Março, a maior manifestação de jovens trabalhadores até hoje realizada em Portugal. A todas essas lutas respondeu o Governo de José Sócrates com a acentuação da sua política de direita, agravando as já graves condições de vida e de trabalho dos trabalhadores e das populações, assim impondo às massas trabalhadoras o recurso à greve geral.
Por outro lado, e em segundo lugar, a mesma realidade nacional mostra que a gravidade dos problemas que afectam os trabalhadores portugueses – e as perspectivas do seu agravamento – não só torna necessária como exige a realização da greve geral. Pode dizer-se, mesmo, que esses problemas são tantos e tão graves que cada um deles, por si só, justificaria o recurso a essa forma de luta – e que essa justificação é ainda maior e mais premente se se tiver em conta a forte ofensiva geral contra o conteúdo democrático do regime, levada a cabo pelo Governo PS/José Sócrates.
Um exemplo: a precariedade, essa chaga social geradora de insegurança, que viola frontalmente o direito constitucional ao emprego e constitui um ignóbil instrumento de chantagem e ameaça para mais de um milhão de trabalhadores.
O mesmo deve dizer-se em relação à chamada flexigurança, essa velharia travestida de modernidade, portadora de um conceito de «justa causa» para despedimentos concebido à exacta medida dos interesses do grande capital: despedir quem quiser quando quiser, eis o direito que a flexigurança oferece ao grande patronato.
Razão por si só justificativa de uma greve geral é, também, a que se prende com a reforma da Administração Pública que, ao mesmo tempo que põe em causa inalienáveis direitos dos trabalhadores, destroça serviços públicos que asseguram importantes funções sociais do Estado, como a Saúde e a Educação, assim fazendo recair mais e maiores dificuldades sobre a imensa maioria dos portugueses.
Ou, ainda, os baixos salários (cada vez mais baixos por efeito de constantes aumentos do custo dos bens essenciais) que agravam todos os dias a degradação das condições de vida dos trabalhadores – enquanto do outro lado crescem todos os dias, num insulto a quem trabalha e vive do seu trabalho, os lucros dos grandes grupos económicos e financeiros.
São muitas e poderosas as razões que exigem a greve geral de 30 de Maio, cuja construção se apresenta como a grande batalha do momento. Uma batalha para o êxito da qual é necessário o empenhamento determinado e confiante dos militantes comunistas dirigentes e activistas sindicais e de todo o colectivo partidário. É esta a tarefa do momento: mobilizar tudo e todos para a greve geral.
Mas diz-nos igualmente essa mesma experiência que a força organizada dos trabalhadores, se utilizada com lúcido acerto – como é hábito no movimento sindical unitário português e como a intervenção da CGTP-IN o confirma todos os dias - constitui um instrumento capaz de enfrentar todos esses meios e de combater com êxito as ofensivas anti-laborais do governo do grande capital.
Sabe-se que o recurso dos trabalhadores à greve geral apenas ocorre em circunstâncias muito especiais, nomeadamente quando as justas reivindicações do mundo do trabalho face a políticas anti-laborais deparam, não apenas com o silêncio do governo do grande patronato, mas igualmente com a prossecução dessas políticas na perspectiva do seu agravamento. E é isso que, de forma evidente, acontece actualmente no nosso País. Ao contrário dos que, como o secretário geral da UGT, afirmam que se trata de uma «greve pela greve» para a qual «não há um motivo concreto», mostra a realidade, em primeiro lugar, que o recurso à greve geral marcada para 30 de Maio não decorreu de qualquer ideia de «luta pela luta«, antes surgiu na sequência de um vasto conjunto de importantes e justas lutas que, ao longo de muitos meses, envolveram centenas de milhares de trabalhadores de praticamente todos os sectores de actividade e que tiveram as suas expressões mais elevadas em duas poderosas demonstrações da força e da disponibilidade de luta dos trabalhadores: o Protesto Geral de 12 de Outubro do ano passado e a manifestação de 2 de Março passado – a que há que acrescentar, em 28 de Março, a maior manifestação de jovens trabalhadores até hoje realizada em Portugal. A todas essas lutas respondeu o Governo de José Sócrates com a acentuação da sua política de direita, agravando as já graves condições de vida e de trabalho dos trabalhadores e das populações, assim impondo às massas trabalhadoras o recurso à greve geral.
Por outro lado, e em segundo lugar, a mesma realidade nacional mostra que a gravidade dos problemas que afectam os trabalhadores portugueses – e as perspectivas do seu agravamento – não só torna necessária como exige a realização da greve geral. Pode dizer-se, mesmo, que esses problemas são tantos e tão graves que cada um deles, por si só, justificaria o recurso a essa forma de luta – e que essa justificação é ainda maior e mais premente se se tiver em conta a forte ofensiva geral contra o conteúdo democrático do regime, levada a cabo pelo Governo PS/José Sócrates.
Um exemplo: a precariedade, essa chaga social geradora de insegurança, que viola frontalmente o direito constitucional ao emprego e constitui um ignóbil instrumento de chantagem e ameaça para mais de um milhão de trabalhadores.
O mesmo deve dizer-se em relação à chamada flexigurança, essa velharia travestida de modernidade, portadora de um conceito de «justa causa» para despedimentos concebido à exacta medida dos interesses do grande capital: despedir quem quiser quando quiser, eis o direito que a flexigurança oferece ao grande patronato.
Razão por si só justificativa de uma greve geral é, também, a que se prende com a reforma da Administração Pública que, ao mesmo tempo que põe em causa inalienáveis direitos dos trabalhadores, destroça serviços públicos que asseguram importantes funções sociais do Estado, como a Saúde e a Educação, assim fazendo recair mais e maiores dificuldades sobre a imensa maioria dos portugueses.
Ou, ainda, os baixos salários (cada vez mais baixos por efeito de constantes aumentos do custo dos bens essenciais) que agravam todos os dias a degradação das condições de vida dos trabalhadores – enquanto do outro lado crescem todos os dias, num insulto a quem trabalha e vive do seu trabalho, os lucros dos grandes grupos económicos e financeiros.
São muitas e poderosas as razões que exigem a greve geral de 30 de Maio, cuja construção se apresenta como a grande batalha do momento. Uma batalha para o êxito da qual é necessário o empenhamento determinado e confiante dos militantes comunistas dirigentes e activistas sindicais e de todo o colectivo partidário. É esta a tarefa do momento: mobilizar tudo e todos para a greve geral.