
- Nº 1740 (2007/04/5)
Em Viana do Castelo
Concerto em defesa dos direitos democráticos
Juventude
Os direitos e as liberdades estiveram no centro de um concerto promovido pela JCP, em Viana do Castelo, sexta-feira à noite.
Mais de 50 pessoas assistiram ao concerto dos Les Triple no Centro de Trabalho do PCP em Viana do Castelo, na noite de sexta-feira, integrado na campanha da JCP «Pela Defesa das Liberdades e dos Direitos Democráticos».
«Por muito que custe acreditar, as liberdades e direitos democráticos estão em risco em muitos países. Pela gravidade que esta questão assume, torna-se urgente a denúncia destas situações e a consequente luta para alterar e garantir as liberdades e os direitos democráticos dos povos», afirmou Luís Quesado, dirigente da JCP.
«A liberdade e os direitos democráticos são valores fundamentais que assistem a todos os povos e jovens do mundo, intrínsecos a uma sociedade que dignifique o ser humano e caminhe para o progresso social. Infelizmente a história já nos deu muitos exemplos de castração de liberdades e repressão violenta. Temos o exemplo histórico do nazi-fascismo e os danos que este produziu na humanidade. Com alguma similitude com esses tempos, os povos do mundo deparam-se actualmente com uma das mais violentas e agressivas ofensivas no que diz respeito à liberdade de associação e de organização, à liberdade de expressão e de pensamento, à liberdade de reunião e de manifestação.»
Luís Quesado referiu a Lei dos Partidos e a Lei do Financiamento dos Partidos, que, «no essencial, visa impor um modelo único partidário e destruir o PCP. Também as leis eleitorais, a serem alteradas como propõem os partidos do sistema, ao promoverem a bipartidarização, desferem um rude golpe à democracia e, mais uma vez, ao PCP em particular.»
O dirigente não esqueceu a nova Lei do Associativismo, que «procura diminuir a capacidade interventiva das associações», nem o Código do Trabalho, «que limita a acção dos sindicatos».
«Referimo-nos também ao despedimento de trabalhadores por exercerem a sua acção sindical, ao facto de as mulheres terem de assinar contratos de trabalho em que têm de declarar que não irão engravidar. Referimo-nos à tentativa de branqueamento dos crimes do fascismo em Portugal e no mundo. À tentativa de reescrita da história através, por exemplo, da substituição da expressão “regime fascista” por “Estado Novo”; dos manuais escolares que abordam o fascismo e o 25 de Abril de forma ligeira ou mesmo ausente; de programas televisivos e de comentadores “encartados” que querem, a todo o custo, fazer doutrina das suas teses anti-democráticas e anti-comunistas», declarou.