Em todo o País

Estudantes do secundário em luta

Braga, Barcelos, Guimarães, Vila Praia de Âncora, Seixal, S. João da Madeira, Figueira da Foz, Ermesinde, Porto, Covilhã, Quarteira, Ovar, Esmoriz, Lisboa, Moita, Setúbal, Olhão, Vila Real de Santo António e Vila Real foram algumas das localidades que receberam protestos dos estudantes do ensino secundário, no dia 28.
Abaixo-assinados, concentrações e manifestações foram a forma encontrada pelos alunos para manifestar o seu descontentamento em relação à política educativa do Governo e apresentar um alargado caderno reivindicativo que inclui o fim dos exames nacionais e da nota mínima de 9,5 valores no acesso ao ensino superior, a melhoria das condições materiais nas escolas, o aumento do número de professores e funcionários e a imediata implementação da educação sexual. Os estudantes estão ainda contra a privatização do ensino e os seus elevados custos, a sobrecarga horária, as aulas de substituição e a limitação de vagas no acesso ao ensino superior.
A Coordenadora Nacional do Ensino Secundário da JCP manifesta a sua solidariedade e apela a todos os estudantes que continuem a lutar por uma escola pública, nomeadamente depois da criação de uma empresa pública de gestão empresarial, Parque Escolar EPE. Para a JCP trata-se de «um retrocesso e um ataque ao direito à educação para todos, consagrado na Constituição e que muito vai prejudicar os estudantes».
Os jovens comunistas desvalorizam o fim das provas globais no 9.º ano, por não serem uma forma de diminuir as barreiras eliminatórias ao prosseguimento dos estudos, mas sim para serem substituídas pelos exames nacionais, «que tem ainda uma maior valorização na nota final das disciplinas, desvalorizando a avaliação contínua».


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