Centenas de iniciativas por todo o País

86 anos de um Partido mais forte

O 86.º aniversário do PCP está a ser comemorado em centenas de iniciativas por todo o País. Jerónimo de Sousa, que apresentou, terça-feira, o tomo I das Obras Es­co­lhidas de Álvaro Cunhal, participa em três comícios – em Lisboa, no Porto e no Alentejo.

O Par­tido está mais forte e mais li­gado aos tra­ba­lha­dores e ao povo

As iniciativas comemorativas do 86.º aniversário do PCP já começaram. De Norte a Sul do País, em largas centenas de iniciativas que juntam milhares de militantes e simpatizantes do Partido, assinala-se a criação do PCP, o seu passado heróico e o seu projecto, destaca-se as lutas do presente e do futuro. É isto que fará o secretário-geral do Partido nos três comícios em que participa: no próximo sábado, dia 10, em Lisboa; no Porto, no dia 17; e, no último dia do mês, no Alentejo.
Há precisamente um ano atrás, no comício comemorativo dos 85 anos do PCP, Jerónimo de Sousa reafirmou a determinação do Partido em fazer de 2006 o «ano de reforço do Partido».
Em Janeiro deste ano, o Comité Central realçou o êxito do reforço orgânico. 1400 quadros responsabilizados; 2376 novos militantes durante o ano de 2006, o melhor ano desde há duas décadas; 363 assembleias realizadas, o maior número de sempre. No 86.º aniversário do PCP, o que se comemora é um Partido mais forte e activo.
O ano de 2007, decidiu o CC, é para consolidar os avanços alcançados e continuar a crescer: elevando a responsabilização de militantes, prosseguindo o reforço da organização nas empresas, avançando no funcionamento democrático das organizações, aumentando a capacidade financeira e a venda e difusão do Avante!.
Estas comemorações ocorrem num momento em que a luta de massas está forte. No dia 2, mais de 150 mil trabalhadores manifestaram-se em Lisboa exigindo a mudança de políticas. No dia 28, será a vez dos jovens trabalhadores demonstrarem o seu descontentamento. E a luta continua.

Re­a­fir­mação de ideais e pro­jecto

No tradicional almoço na sede nacional do PCP, que reuniu na terça-feira largas dezenas de funcionários e colaboradores da estrutura central do Partido, Ângelo Alves, da Comissão Política, realçou que o aniversário do Partido é, para os comunistas, «um momento de reafirmação dos nossos ideais, do nosso projecto e dos nossos princípios».
Destacando a identidade e os princípios do Partido, o membro da Comissão Política afirmou que a «capacidade de resistência, de recuperação, de reforço e de construção da unidade, só foi possível e só é possível graças à identidade comunista do PCP, ao facto de o PCP por via dessa identidade ser de facto um Partido revolucionário e ter uma perspectiva histórica da luta». Por esta razão, aqueles que querem destruir o Partido ou transformá-lo num «inofensivo e dócil partido “social-democratizado”» escolhem como alvo dos seus ataques os seus elementos identitários – a ideologia, a natureza de classe ou os princípios de funcionamento.
O almoço terminou com A In­ter­na­ci­onal e o Avante, ca­ma­rada.

Lan­çado o tomo I
das Obras Es­co­lhidas de Álvaro Cu­nhal
Uma lição de dig­ni­dade hu­mana


O PCP e as Edições Avante! escolheram o dia do 86.º aniversário do Partido para lançarem o tomo I das Obras Escolhidas de Álvaro Cunhal. Perante centenas de pessoas, que enchiam por completo – alguns de pé – o salão de um hotel da capital, Francisco Melo, do Comité Central e director das Edições Avante!, considerou Álvaro Cunhal o maior pensador político do século XX em Portugal.
Antes de passar em revista os textos incluídos na obra, o editor realçou que o estudo das obras teóricas de Álvaro Cunhal é uma das principais vertentes da formação política e ideológica dos militantes comunistas. Mas, defendeu, é igualmente indispensável para «todos quantos queiram conhecer com verdade» o que foi o fascismo e a resistência ao fascismo, a história de Portugal sob o regime fascista e o processo libertador do 25 de Abril e as suas realizações.
A obra de Álvaro Cunhal, prosseguiu, é «um exemplo e uma lição de dignidade humana». Nas páginas seguintes publicamos a intervenção de Jerónimo de Sousa.

Hoje, às 15 horas, em www.co­munic.pcp.pt
Emissão 100 da rádio do PCP


O aniversário do PCP estará também em destaque na emissão 100 da Co­munic – Rádio do PCP na Internet, com entrevistas a dirigentes e apontamentos da história do Partido na primeira pessoa. A rádio do PCP emite hoje pela centésima vez. Nesta edição, serão celebradas centenas de horas de emissão regular, todas as semanas, às quintas-feiras entre as 15 e as 18 horas.
Ao longo destas 100 emissões, pela voz da Co­munic, o PCP deu a conhecer variados aspectos da sua actividade e intervenção. Mas não só. Também as muitas lutas e aspirações dos trabalhadores e do povo português tiveram e têm na Co­munic uma voz activa na sua defesa e difusão.
Na sua centésima emissão, estará ainda em destaque o Dia Internacional da Mulher, com depoimentos sobre o papel da mulher desde a resistência até aos nossos dias. Hoje, pelas 15 horas, em www.co­munic.pcp.pt. Amanhã, dia 9, a emissão repete à mesma hora.


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Uma obra de valor histórico

Foi lançado anteontem, dia do 86.º aniversário do Partido, o I tomo das Obras Es­co­lhidas de Álvaro Cunhal, que reúne textos redigidos entre 1935 e 1947. Na iniciativa, à qual compareceram centenas de pessoas, falaram Francisco Melo, membro do Comité Central e director das Edições Avante! (referido no outro texto deste EM FOCO), e Jerónimo de Sousa, secretário-geral do Partido, de quem publicamos, em seguida, a intervenção ali feita.