O vereador comunista da Câmara do Porto, Rui Sá, acusou, na passada semana, a autarquia PSD/CDS-PP de actuar como «empresária de vão de escada» no despedimento dos 36 trabalhadores da Culturporto.
A entidade gestora do Teatro Rivoli, em fase de extinção, impediu os seus funcionários de aceder aos postos de trabalho, no passado dia 11 de Janeiro, na sequência da decisão da autarquia de concessionar o teatro ao produtor e encenador Filipe La Féria. Cinco dias depois, 25 desses 36 trabalhadores anunciaram a contestação judicial do seu despedimento.
Entretanto, a Comissão de Trabalhadores do Rivoli classificou este processo como um expediente para a Câmara entregar o teatro livre de trabalhadores, a Filipe La Féria.
Rui Sá lamentou ainda que a extinção do Rivoli tenha sido decidida «sem se ouvir» o Conselho Geral da Culturporto, numa alegada violação dos seus estatutos.
A Assembleia Municipal do Porto ratificou, com os votos contra do PS, CDU e BE (26) e favoráveis da maioria PSD/CDS (27), a decisão camarária de extinção da Culturporto, associação criada em 1997, em parceria com o Instituto Politécnico do Porto.