CE admite falhas na concorrência

Um relatório, que a Comissão Europeia se preparava para apresentar ontem, quarta-feira, reconhece que as políticas de privatização e liberalização do mercado energético afinal não se traduziram nos prometidos benefícios para os consumidores mas, antes pelo contrário, têm favorecido os interesses dos grandes grupos europeus.
Na segunda-feira, dia 8, a comissária da Concorrência, Neelie Kroes, afirmou em Paris ser essa a principal constatação de um inquérito realizado ao longo de 16 meses pela Autoridade da Concorrência junto da Comissão Europeia. O estudo «demonstra claramente que os mercados ainda não libertaram o seu pleno potencial em favor dos clientes privados», disse Kroes, acrescentando que a Comissão irá intervir «em casos específicos de comportamento anticoncorrencial das empresas».
Segundo as agências internacionais, o relatório refere especificamente vários grupos europeus do sector, caso dos alemães E.ON e RWE, GDF (França) e Eni (Itália), que terão tirado partido da sua situação de quase monopólio para acelerar a concentração do mercado. O diário britânico The Financial Times, de dia 5, vai mais longe revelando que o documento acusa certos grupos europeus da prática de cartel.


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