Mineiros da ENU movem queixa contra o Estado

Após 12 horas de vigília, concluída sábado de manhã, à entrada das instalações na Urgeiriça (Nelas, Viseu), os antigos trabalhadores da extinta Empresa Nacional de Urânio anunciaram que vão accionar uma queixa contra o Estado, de quem não receberam resposta às suas reivindicações.
Exigem ser submetidos a exames médicos periódicos, ter bonificação na idade da reforma e que sejam pagas indemnizações às famílias dos mineiros que faleceram vítimas de cancro.
Um representante dos trabalhadores disse à Lusa que vão agora pedir reuniões aos partidos com assento parlamentar, que apoiam a justa reclamação dos antigos mineiros, para propor que os requerimentos que têm feito na AR passem a projectos de lei.
A vigília serviu também para prestar homenagem a todos os que morreram com cancro de pulmão, tiróide, intestino e outros.
A ENU teve a seu cargo a exploração de urânio em Portugal (com minas nos distritos de Viseu, Guarda, Coimbra e Castelo Branco), desde 1977. Após um processo de liquidação iniciado em Março de 2001, encerrou no final de 2004.
Em 1995 foi criado um regime especial de acesso às pensões de invalidez e velhice para quem trabalhou no interior das minas, o qual foi alargado, em Dezembro de 2004, a todos os que ainda exerciam funções em 2001. Defendendo que todos estiveram expostos à radioactividade, os ex-trabalhadores reclamam que sejam abrangidos também aqueles que deixaram a empresa antes de 2001.


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