
- Nº 1721 (2006/11/23)
Tarrafal
A não esquecer!
PCP
A exposição «Do Tarrafal: chegaram tão vivos os mortos... Uma memória que não se pode perder», que esteve patente ao público no Centro de Trabalho do PCP na Venteira, Amadora, encerrou na sexta-feira passada, com a participação de José Casanova, membro da Comissão Política.
Com esta exposição, inaugurada no dia 29 de Outubro, com a presença de Domingos Abrantes, do Comité Central, a Comissão de Freguesia da Venteira do PCP assinalou a passagem dos 70 anos sobre a chegada a Cabo Verde dos primeiros prisioneiros políticos enviados para aquele que foi chamado de «Campo da morte lenta».
O Campo de Concentração do Tarrafal é «uma das mais sinistras memórias do fascismo salazarista», dizem os comunistas da Venteira, que não querem ver apagado daquele período negro da História de Portugal o termo «fascista», como sistematicamente o faz uma «certa historiografia portuguesa» que se assume como «oficial» e, «próxima do poder e ao serviço dos interesses da grande burguesia», procura branquear a História, chamando apenas de «regime autoritário ou conservador» o regime fascista proclamado em 1933 como o Estado Novo.
A exposição, que com o apoio do Museu do PCP juntou um razoável acervo de documentos e objectos, permitiu assim uma boa contextualização daquele Campo de triste memória, assim como da luta dos que lá estiveram encarcerados ou morreram.