A vigília continua na Pereira da Costa

Trabalhadores impedem saída de materiais

Na Amadora, os trabalhadores em vigília pela sua reintegração impediram, na noite de dia 8, a saída de toneladas de cobre sob a protecção de «capangas». A GNR impediu o saque.

A insensibilidade do administrador parece não ter limites

Os cerca de 90 trabalhadores em vigília desde que a administração de Luís Moreira enviou notas de culpa, com intenção de despedimento, no fim de Agosto, foram confrontados com a tentativa de retirar das instalações da empresa, dois camiões carregados de cobre, no propósito de descapitalizar a unidade.
Acompanhados pelo Sindicato da Construção do Sul e por outras estruturas da CGTP-IN, viram chegar, naquela noite, um grupo de elementos de uma força privada de segurança às ordens do administrador, que pretendia retirar o material, à força, de dentro da unidade.
Imediatamente contactada, a GNR deslocou-se ao local e impediu o acto classificado «de extrema gravidade», considerou, à porta da empresa, o dirigente do Sindicato da Construção do Sul, João Serpa.
Junto às instalações, os operários vão-se revezando quotidianamente debaixo de toldos improvisados que lhes têm servido de abrigo, na rua da Fontainhas, Venda Nova, Amadora.

Resistir até vencer

A quase centena de trabalhadores exige a sua reintegração na Pereira da Costa Construções, que herdou o património da MB Pereira da Costa após o processo de falência desta, no Verão do ano passado.
Os trabalhadores foram, então, vítimas de um despedimento colectivo, encapotado pela administração em notas de culpa falsas e caluniosas que foram prontamente denunciadas pelas estruturas representativas dos operários.
Até agora, a empresa tudo tem feito para tentar despedir os trabalhadores, sem lhes pagar as indemnizações devidas, nem respeitar outros preceitos da Lei que regula o despedimento colectivo.
Entretanto, o Tribunal do Trabalho de Lisboa deu razão a um trabalhador, a 30 de Outubro, mas a empresa continua a impedir a sua reintegração e tem ameaçado com a falência, caso o tribunal anule o despedimento.
Os operários continuarão a resistir, frente às instalações da empresa, até que lhes seja feita Justiça, garantiu João Serpa.


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