Na STE, Serviços de Telecomunicações e Electrónica, no Prior Velho, Sacavém, os trabalhadores cumprem, amanhã e depois, dois dias de greve com concentração frente à sede da empresa, para exigirem actualizações salariais, o pagamento das ajudas de custo e de trabalho suplementar em atraso e a garantia do pagamento integral dos subsídios de Natal.
Com mais de 50 funcionários, a empresa deixou, em 2004, de ser cotada na bolsa quando o então accionista maioritário e presidente da AIP, Rocha de Matos, vendeu a sua participação a um «investidor» que, embora detenha 95 por cento das acções, «mantém absoluto anonimato e nunca visitou a empresa», denunciou o Sindicato das Indústrias Eléctricas do Sul e Ilhas, SIESI/CGTP-IN. Desde aquele ano que os trabalhadores são confrontados com pagamentos a prestações dos salários, dos subsídios de férias e de Natal, e já foram suprimidos cem postos de trabalho de uma administração que «se manteve inalterável».