Linha de alta tensão em Sintra

Impactes preocupam população

O PCP desafiou o Governo a esclarecer se foram estudadas alternativas à linha de muito alta tensão projectada para atravessar o concelho de Sintra.

Dos 30 postes de alta tensão previstos, 27 ficarão no concelho de Sintra

«As populações estão preocupadas com a instalação desta linha, uma vez que existem muitas dúvidas quanto aos efeitos ao nível da saúde provocados pelo transporte de energia eléctrica em potências tão elevadas», afirma a Comissão Concelhia de Sintra do Partido, citando o recente requerimento sobre o assunto dirigido pelo PCP aos Ministérios do Ambiente e da Economia.
A linha de 220 Kv, projectada pela Rede Eléctrica Nacional (REN) para ligar a subestação do Alto da Mira, na Amadora, à subestação de Trajouce, no concelho de Cascais, vai afectar sobretudo o concelho de Sintra, onde serão instalados 27 dos 30 postes previstos, passando os cabos, em alguns casos, a 25 metros de habitações.
O PCP quer saber que «outras alternativas foram estudadas e de que forma está o Governo em condições de garantir que o traçado escolhido e projectado não acarreta a degradação da saúde e qualidade de vida das populações».
Os deputados comunistas questionaram ainda sobre os critérios que determinaram a aprovação do Estudo de Impacte Ambiental, o qual, em sua opinião, não teve uma verdadeira discussão pública.
A protecção e preservação do património ambiental e cultural da região, nomeadamente do projectado Parque Natural de Colaride, são outros aspectos que o PCP quer saber se foram salvaguardados.
Sabe-se, entretanto, que o estudo de impacte ambiental refere que a presença da linha de muito alta tensão (220 Kv) projectada pela Rede Eléctrica Nacional implica a «redução da qualidade de vida das populações».
Segundo o documento, no concelho de Sintra a distância prevista entre as linhas e habitações é de 25 metros no Bairro da Ligeira e no Papel, sendo no Cacém de 50 metros, enquanto no Bairro da Chutaria se situa nos 60 metros, nos 75 metros no Bairro do João da Nora e nos 100 metros na Serra do Casal de Cambra.
Associações de moradores do concelho e ambientalistas constituíram um movimento cívico para exigir a passagem subterrânea das linhas, argumentando que a infra-estrutura representa riscos para a saúde, nomeadamente a hipótese de aumento da incidência de cancro. Segundo o movimento, que já foi recebido em audiência pelo Grupo Parlamentar do PCP, a linha implica igualmente a desvalorização das habitações e tem um impacto negativo na paisagem.


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