«Abrindo caminhos para um Portugal com futuro»
O Pavilhão Central, sala de visitas da Festa do Avante, onde se encontram as principais exposições evocativas da história, da luta, do projecto e da vida do PCP, vai ter, este ano, uma nova localização. Aqui terão lugar numerosos debates onde milhares de visitantes têm contacto com as posições e propostas dos comunistas.
«O Pavilhão Central é mais do que sala de visitas da Festa da Avante», afirmou Vasco Cardoso, da Comissão Política do PCP, acentuando que ali «se dá a conhecer o que foi a luta e a intervenção do Partido, entre festas».
Em entrevista à Comunic, a rádio do PCP na Internet, o dirigente comunista, um dos responsáveis por aquele espaço, desvendou que há motivos «de sobra» para visitar o Pavilhão Central.
Este ano, há os 85 anos do PCP, uma data de grande significado histórico para a luta dos trabalhadores e do povo português. Por isso, o aniversário será evocado numa exposição sob o lema «85 anos do PCP - Abrindo caminhos para um Portugal com futuro».
Os 75 anos do Órgão Central do PCP e as 30 Festas do Avante, realizadas desde 1976, ocuparão, de igual forma, uma vasta área de exposição, onde será evocado o papel do Avante! na luta e resistência dos trabalhadores contra o fascismo e a política de direita.
«O Avante! não é apenas o jornal que dá nome à Festa, é muito mais do que isso», comentou o dirigente, acentuando o seu papel «no esclarecimento, na mobilização, na consciencialização política e ideológica, não apenas dos militantes do PCP, mas como o jornal do Partido dos trabalhadores, e, por sua vez, o jornal que retrata a sua luta». É também ali, continuou, «que muitos participam e ganham confiança e ânimo para as lutas que têm que travar, tendo em conta a ofensiva que os sucessivos governos têm desenvolvido sobre trabalhadores».
Os 70 anos de abertura do Tarrafal - campo de concentração que o regime fascista inaugurou em 1936 - onde perderam a vida dezenas de comunistas e outros antifascistas, serão também abordados no Pavilhão Central.
«Valorizar a luta e a resistência contra o fascismo é lembrar que houve fascismo. E na primeira linha de combate esteve o PCP, estiveram os comunistas, que pagaram o mais alto preço, a vida, para alcançar a liberdade. Estamos a falar de há 70 anos atrás, 40 anos antes da Revolução de Abril, quando um regime fascista, à semelhança do que se fazia nos campos de concentração nazis, pela Europa, criou o Tarrafal, em África», disse Vasco Cardoso, denunciando que ainda hoje, infelizmente, existem campos de concentração, «como o de Guantanamo».
O Pavilhão Central será também um espaço de denúncia da política de direita do Governo PS, do ataque sem precedentes dirigido contra os direitos dos trabalhadores e o Estado democrático, que tem merecido não só o combate do PCP, como a determinada acção e luta por parte dos trabalhadores e de vastas camadas da população, que não aceitam esta política e exigem uma outra.
«Portugal precisa – O PCP propõe» é uma campanha que está em curso e que tem tornado visíveis aos olhos do País as propostas do PCP para a resolução dos problemas e que estará visível nos três dias da Festa.
Espaço com nova localização
Este ano o Pavilhão Central vai ter uma nova localização, ficando mais próxima da Quinta da Princesa e, consequentemente, da Cidade Internacional.
«A mudança do aspecto e do local não é apenas uma característica deste ano. Ela (a Festa) nunca se apresenta vestida da mesma maneira, nunca apresenta a mesma estrutura, aliás, seria uma descaracterização profunda da Festa se se avançasse com uma concessão de estruturas fixas, para além daquelas que terá de ter para acolher e resolver uma série de necessidades básicas e diversas, que os muitos milhares de visitantes podem usufruir», avança Vasco Cardoso, revelando que o Pavilhão Central, no plano arquitectónico, «é muito interessante, sendo constituída por duas grandes naves, separadas por uma praça».
Na sua entrada, que se situará junto à Praça da Paz, o visitante poderá encontrar dois gigantescos painéis com referências ao papel e actualidade da Constituição da República Portuguesa - que celebra 30 anos, e aos 100 anos do nascimento do compositor Fernando Lopes Graça, evocando a sua obra ímpar e a sua condição de militante comunista.
Lá dentro, o debate e a discussão política, o contacto com a opinião e reflexão do PCP, dos seus dirigentes, será uma constante. Naquele espaço, para além das diversas exposições, o visitante poderá ainda encontrar um auditório de projecção (mais adiante iremos divulgar qual será o seu conteúdo) que será um elemento de atracção para o próprio Pavilhão Central.
Haverá ainda um espaço dedicado às artes plásticas, que não é a Bienal, «mas isso não significa um peso menor das artes plásticas na Festa, apenas um conceito diferente que andará em torno da obra de Dias Coelho, enquanto escultor e pintor, e de outros artistas convidados», acentuou Vasco Cardoso.
Como já vem sendo hábito, o Pavilhão Central terá, também, um espaço direccionado às questões da ciência e da investigação. «Este é um espaço que se liga muito ao nosso projecto político, da forma como vemos a sociedade», acrescenta o dirigente comunista.
Solidariedade internacionalista
Há depois uma componente que não poderia ser ignorada, bem pelo contrário, que é a expressão internacionalista da Festa do Avante. «Na agudização da situação política no plano internacional, de grande agressividade do imperialismo, relembrar e mostrar, nestes 30 anos, a solidariedade da Festa do Avante para com os povos é um aspecto que estará bem presente», disse Vasco Cardoso, lembrando, por exemplo, «a mensagem de Arafat aos visitantes da Quinta da Atalaia, a profunda ligação na luta contra o apartheid na África do Sul, todo o processo de descolonização e emancipação dos povos africanos, as enormes realizações dos países socialistas no Leste Europeu, daquilo que alcançaram do ponto de vista do desenvolvimento das condições económicas e sociais do seu povo mas também no plano técnico, cientifico e desportivo, a luta pela independência de Timor-Leste, e, como não poderia deixar de ser, a Revolução Cubana».
Liberdade de criação
O Pavilhão Central vai ainda ter, na sua entrada, um enorme corta-vento que terá «incrostada» uma enorme escultura em homenagem aos 85 anos do PCP. «É um camarada que está a trabalhar nesse projecto, um painel que terá cerca de 25 metros de extensão, e que será, também, um momento artístico marcante, de grande importância», revelou, acrescentando ainda: «Estamos a tentar criar a ideia de uma enorme bandeira do PCP».
«Procuramos puxar pela criatividade dos muitos construtores da Festa, pelo seu engenho e pela arte. É essa liberdade que tão genuinamente estará presente na própria configuração do Pavilhão Central», referiu Vasco Cardoso.
Em entrevista à Comunic, a rádio do PCP na Internet, o dirigente comunista, um dos responsáveis por aquele espaço, desvendou que há motivos «de sobra» para visitar o Pavilhão Central.
Este ano, há os 85 anos do PCP, uma data de grande significado histórico para a luta dos trabalhadores e do povo português. Por isso, o aniversário será evocado numa exposição sob o lema «85 anos do PCP - Abrindo caminhos para um Portugal com futuro».
Os 75 anos do Órgão Central do PCP e as 30 Festas do Avante, realizadas desde 1976, ocuparão, de igual forma, uma vasta área de exposição, onde será evocado o papel do Avante! na luta e resistência dos trabalhadores contra o fascismo e a política de direita.
«O Avante! não é apenas o jornal que dá nome à Festa, é muito mais do que isso», comentou o dirigente, acentuando o seu papel «no esclarecimento, na mobilização, na consciencialização política e ideológica, não apenas dos militantes do PCP, mas como o jornal do Partido dos trabalhadores, e, por sua vez, o jornal que retrata a sua luta». É também ali, continuou, «que muitos participam e ganham confiança e ânimo para as lutas que têm que travar, tendo em conta a ofensiva que os sucessivos governos têm desenvolvido sobre trabalhadores».
Os 70 anos de abertura do Tarrafal - campo de concentração que o regime fascista inaugurou em 1936 - onde perderam a vida dezenas de comunistas e outros antifascistas, serão também abordados no Pavilhão Central.
«Valorizar a luta e a resistência contra o fascismo é lembrar que houve fascismo. E na primeira linha de combate esteve o PCP, estiveram os comunistas, que pagaram o mais alto preço, a vida, para alcançar a liberdade. Estamos a falar de há 70 anos atrás, 40 anos antes da Revolução de Abril, quando um regime fascista, à semelhança do que se fazia nos campos de concentração nazis, pela Europa, criou o Tarrafal, em África», disse Vasco Cardoso, denunciando que ainda hoje, infelizmente, existem campos de concentração, «como o de Guantanamo».
O Pavilhão Central será também um espaço de denúncia da política de direita do Governo PS, do ataque sem precedentes dirigido contra os direitos dos trabalhadores e o Estado democrático, que tem merecido não só o combate do PCP, como a determinada acção e luta por parte dos trabalhadores e de vastas camadas da população, que não aceitam esta política e exigem uma outra.
«Portugal precisa – O PCP propõe» é uma campanha que está em curso e que tem tornado visíveis aos olhos do País as propostas do PCP para a resolução dos problemas e que estará visível nos três dias da Festa.
Espaço com nova localização
Este ano o Pavilhão Central vai ter uma nova localização, ficando mais próxima da Quinta da Princesa e, consequentemente, da Cidade Internacional.
«A mudança do aspecto e do local não é apenas uma característica deste ano. Ela (a Festa) nunca se apresenta vestida da mesma maneira, nunca apresenta a mesma estrutura, aliás, seria uma descaracterização profunda da Festa se se avançasse com uma concessão de estruturas fixas, para além daquelas que terá de ter para acolher e resolver uma série de necessidades básicas e diversas, que os muitos milhares de visitantes podem usufruir», avança Vasco Cardoso, revelando que o Pavilhão Central, no plano arquitectónico, «é muito interessante, sendo constituída por duas grandes naves, separadas por uma praça».
Na sua entrada, que se situará junto à Praça da Paz, o visitante poderá encontrar dois gigantescos painéis com referências ao papel e actualidade da Constituição da República Portuguesa - que celebra 30 anos, e aos 100 anos do nascimento do compositor Fernando Lopes Graça, evocando a sua obra ímpar e a sua condição de militante comunista.
Lá dentro, o debate e a discussão política, o contacto com a opinião e reflexão do PCP, dos seus dirigentes, será uma constante. Naquele espaço, para além das diversas exposições, o visitante poderá ainda encontrar um auditório de projecção (mais adiante iremos divulgar qual será o seu conteúdo) que será um elemento de atracção para o próprio Pavilhão Central.
Haverá ainda um espaço dedicado às artes plásticas, que não é a Bienal, «mas isso não significa um peso menor das artes plásticas na Festa, apenas um conceito diferente que andará em torno da obra de Dias Coelho, enquanto escultor e pintor, e de outros artistas convidados», acentuou Vasco Cardoso.
Como já vem sendo hábito, o Pavilhão Central terá, também, um espaço direccionado às questões da ciência e da investigação. «Este é um espaço que se liga muito ao nosso projecto político, da forma como vemos a sociedade», acrescenta o dirigente comunista.
Solidariedade internacionalista
Há depois uma componente que não poderia ser ignorada, bem pelo contrário, que é a expressão internacionalista da Festa do Avante. «Na agudização da situação política no plano internacional, de grande agressividade do imperialismo, relembrar e mostrar, nestes 30 anos, a solidariedade da Festa do Avante para com os povos é um aspecto que estará bem presente», disse Vasco Cardoso, lembrando, por exemplo, «a mensagem de Arafat aos visitantes da Quinta da Atalaia, a profunda ligação na luta contra o apartheid na África do Sul, todo o processo de descolonização e emancipação dos povos africanos, as enormes realizações dos países socialistas no Leste Europeu, daquilo que alcançaram do ponto de vista do desenvolvimento das condições económicas e sociais do seu povo mas também no plano técnico, cientifico e desportivo, a luta pela independência de Timor-Leste, e, como não poderia deixar de ser, a Revolução Cubana».
Liberdade de criação
O Pavilhão Central vai ainda ter, na sua entrada, um enorme corta-vento que terá «incrostada» uma enorme escultura em homenagem aos 85 anos do PCP. «É um camarada que está a trabalhar nesse projecto, um painel que terá cerca de 25 metros de extensão, e que será, também, um momento artístico marcante, de grande importância», revelou, acrescentando ainda: «Estamos a tentar criar a ideia de uma enorme bandeira do PCP».
«Procuramos puxar pela criatividade dos muitos construtores da Festa, pelo seu engenho e pela arte. É essa liberdade que tão genuinamente estará presente na própria configuração do Pavilhão Central», referiu Vasco Cardoso.