A Organização Internacional do Trabalho revelou, domingo, que no continente africano subsistem mais de 300 milhões de pessoas em condições de extrema pobreza.
De acordo com a organização, os sistemas de protecção social nos países africanos são praticamente inexistentes, o fosso entre ricos e pobres é abissal quando comparado com os restantes continentes, e as nações ainda se vêm envoltas num sistema de comércio mundial altamente desfavorável aos seus interesses. Neste contexto, dizem, quem mais sofre são invariavelmente as populações.
Um estudo recente da Universidade de Oxford indica que, nos últimos 20 anos, o número de crises alimentares anuais em África triplicou.
Na zona subsahariana, um em cada três pessoas sofre de má nutrição, número que cresce para mais de 50 por cento se se considerar somente os países da África Central.
Casos gritantes são os da RD do Congo e Uganda, onde 70 por cento do povo sofre de carências alimentares graves e 84 por cento depende da ajuda alimentar internacional para sobreviver, respectivamente.