- Nº 1704 (2006/07/27)

Constituinte agita Bolívia

Breves Intenacional

O processo de discussão da novo texto fundamental da Bolívia e da personalidade que passará a ocupar a presidência da Assembleia Constituinte, eleita recentemente e onde o Movimento para o Socialismo do presidente Evo Morales garantiu a maioria absoluta, está a gerar grande incómodo e críticas abertas dos partidos tradicionais da direita.
Em causa está não só a decisão de que seja uma mulher indígena a exercer a função, mas também o papel assumido pelos movimentos sociais bolivianos na consolidação de um novo modelo constitucional.
Evo Morales reuniu-se com várias organizações, entre as quais a Confederação dos Camponeses, a Confederação de Povos Indígenas do Oriente Boliviano e a Federação de Mulheres Camponesas, e apelou para que o povo se mantenha vigilante, porque «uma coisa é ser constituinte, outra é o povo constituinte», referiu.
Para Morales, os deputados eleitos para aquela assembleia não esgotam a possibilidade de intervenção popular em todo o processo, pelo contrário, disse, «estes devem representar e obedecer aos desejos e aspirações expressos pelo povo no sufrágio».