Durante esta semana, o Tribunal Eleitoral Judicial do México vai receber os representantes dos partidos concorrentes às últimas eleições presidenciais para recolher as queixas e registar os argumentos apresentados por ambas as partes.
De um lado, estão os que consideram o acto limpo e justo e a eleição do candidato da direita, Filipe Calderón, perfeitamente legítima. Do outro, os apoiantes de López Obrador, que exigem a recontagem voto a voto, medida que, acreditam, lhes dará a vitória em face das inúmeras irregularidades registadas no sufrágio do passado dia 2 de Julho.
Na bagagem, a coligação Pelo Bem de Todos leva provas cabais das fraudes cometidas, entre as quais, a abertura de envelopes contendo boletins de voto, a publicação num diário norte-americano de propaganda afecta a Filipe Calderón durante o período de reflexão e a denúncia da recusa de uma instancia oficial em fornecer a Obrador cópias das actas de averiguação dos delitos.
Para o próximo domingo está agendada uma marcha de milhões de mexicanos, iniciativa integrada na chamada resistência civil lançada pela esquerda na sequência do golpe eleitoral.