Embuste democrático no México
A pouco menos de duas semanas das eleições presidenciais no México, avolumam-se as denúncias de fraude, corrupção, compra de votos, tráfico de influências e uso indevido de fundos públicos e privados para o financiamento das campanhas eleitorais e o convencimento dos eleitores.
No país onde uma votação por meio electrónico já foi interrompida a meio por forma a dar a vitória ao candidato do poder, o que sucedeu em 1988 quando o Partido Revolucionário Institucional (PRI) dominava a cena política mexicana há mais de meio século, o regime democrático e os candidatos a representantes do povo voltam a demonstrar lacunas profundas.
O ministério público mexicano já recebeu mais de duas centenas e meia de queixas, entre as quais figura uma que envolve o ainda presidente, Vincent Fox, no desvio de fundos governamentais para a candidatura apresentada pelo sua formação política, a de Felipe Calderón, filiado no Partido da Acção Nacional (PAN).
Sobre o Partido da Revolução Democrática (PAN), do oposicionista López Obrador, também recaem suspeitas de ter recebido contribuições indevidas para a campanha, nomeadamente duas malas de dinheiro cuja procedência se encontra ainda por esclarecer.
Os empresários também «dão uma mãozinha» e tentam coagir os respectivos dependentes a votarem no candidato da sua preferência. O proprietário da Coppel, empresa detentora de uma rede de telemóveis e de uma cadeia de pronto-a-vestir, escreveu uma carta aos cerca 30 mil funcionários «explicando» as vantagens que teriam caso decidam depositar confiança no conservador Felipe Calderón.
No país onde uma votação por meio electrónico já foi interrompida a meio por forma a dar a vitória ao candidato do poder, o que sucedeu em 1988 quando o Partido Revolucionário Institucional (PRI) dominava a cena política mexicana há mais de meio século, o regime democrático e os candidatos a representantes do povo voltam a demonstrar lacunas profundas.
O ministério público mexicano já recebeu mais de duas centenas e meia de queixas, entre as quais figura uma que envolve o ainda presidente, Vincent Fox, no desvio de fundos governamentais para a candidatura apresentada pelo sua formação política, a de Felipe Calderón, filiado no Partido da Acção Nacional (PAN).
Sobre o Partido da Revolução Democrática (PAN), do oposicionista López Obrador, também recaem suspeitas de ter recebido contribuições indevidas para a campanha, nomeadamente duas malas de dinheiro cuja procedência se encontra ainda por esclarecer.
Os empresários também «dão uma mãozinha» e tentam coagir os respectivos dependentes a votarem no candidato da sua preferência. O proprietário da Coppel, empresa detentora de uma rede de telemóveis e de uma cadeia de pronto-a-vestir, escreveu uma carta aos cerca 30 mil funcionários «explicando» as vantagens que teriam caso decidam depositar confiança no conservador Felipe Calderón.