Dezenas de bandeiras vermelhas enchiam a Praceta 25 de Abril, no centro de Gaia, no sábado à noite. O jantar estava acabado, a noite ia começar. Palavras de ordem e música animavam os delegados e outros militantes. Aos primeiros acordes da Carvalhesa, deixam de lado as mochilas e começam a dançar. Espontaneamente, forma-se um círculo, afinam-se as vozes, cerram-se punhos e cantam-se hinos de revolução. O sonho – o que querem transformar em vida – ganha acordes e poemas, cantados em coro. Num deles, promete-se a construção de «uma terra sem amos».

A animação estende-se pelas ruas da cidade. Da praceta com nome de liberdade até à beira rio, onde se realizou o espectáculo musical, o caminho é longo. Mas, todos juntos, delegados e convidados ao 8.º Congresso da JCP percorrem as ruas confiantes no futuro que constróem diariamente. Nas faixas e nas palavras de ordem rejeita-se o trabalho precário, bem como as propinas e o tratado de Bolonha, ao mesmo tempo que se demonstra a «força do PC». Para muitos, a noite acabou tarde, não sem antes assistirem às actuações dos Yellow-W-Van, dos Dealema, de Rui Reininho e de Marta Réne no Hard Club.
A amizade e a camaradagem são partes integrantes do congresso dos jovens comunistas. «Bem unidos, façamos…», lá diz a canção.