Menos vagas para os professores
Para os docentes, este «será um dos piores concursos de sempre» devido à plurianualidade, às vagas negativas e a um «grave atentado à escola inclusiva», avisa a Fenprof.
Reduções na Educação Tecnológica contrastam com o plano tecnológico
Até dia 31, os professores candidatam-se ao quadro de vagas que sofre este ano uma drástica redução nos vários ciclos de ensino, denunciou a Federação Nacional do Professores, num comunicado de dia 6, onde constatou haver, este ano, menos 371 vagas no Pré-Escolar. No 1.º Ciclo do Ensino Básico, contrariamente ao que revelou o Ministério, serão suprimidas 1518 vagas e não as 18 mencionadas pela tutela, porque os dados do Ministério não tiveram em conta o encerramento de 1500 escolas que arrastará para o desemprego mais 1500 docentes. No 2.º Ciclo do EB, há apenas mais 77 vagas, embora nas disciplinas de Português e Francês se registe uma supressão de 143 lugares e na disciplina de Educação Visual e Tecnológica, menos 141.
No 3.º Ciclo do EB, e no Ensino Secundário serão suprimidas 1768 vagas. Destaque particularmente negativo – mais ainda quando o Governo tanto fala no «choque tecnológico» - é a eliminação de 793 vagas na área da Educação Tecnológica. Constatam-se ainda situações de extrema gravidade no ensino do Inglês, com menos 632 vagas; do Português, com menos 499; da Economia e Contabilidade, com menos 316; das artes Visuais, com menos 248; e das Ciências Agro-Pecuárias, com menos 135.
Apenas em dois grupos há um «saldo francamente positivo»: na Informática, com mais 405, e na Educação Física, com mais 374.
Especialmente pior
Na Educação Especial, o Ministério aponta para uma diminuição de docentes na ordem dos 70 por cento. Para a Fenprof, trata-se de «uma grave ilegalidade, contrária às convenções internacionais subscritas pelo Governo português». A situação levou a Fenprof a realizar, no dia 10, uma concentração de docentes e dirigentes sindicais, junto ao Ministério. Em vez das cerca de três mil vagas anunciadas, a Fenprof constatou existirem 2155. Assim, ficam de fora 5645 professores de um total de 7800 hoje destacados na Educação Especial. «Com esta redução, o ME presta um péssimo serviço, em especial, a todas as crianças e jovens com necessidades educativas especiais», acusa a Fenprof.
Como agravante para todos os níveis, só haverá novo concurso no ano lectivo de 2009/2010.
Também a formação de docentes é alvo de contestação, porque o Ministério anunciou, dia 13, na comunicação social, que os educadores de infância e os professores do 1.º Ciclo passarão a ser formados num único ciclo do ensino superior, e os restantes educadores em dois, num «cenário que configura uma inaceitável regressão». Quanto à introdução de um «exame» para ingresso na profissão, a Fenprof recusa e exige «processos rigorosos de avaliação das instituições e a penalização para as que não cumprem os requisitos», e defende «uma adequada formação contínua, assente fundamentalmente no trabalho pedagógico desenvolvido».
No 3.º Ciclo do EB, e no Ensino Secundário serão suprimidas 1768 vagas. Destaque particularmente negativo – mais ainda quando o Governo tanto fala no «choque tecnológico» - é a eliminação de 793 vagas na área da Educação Tecnológica. Constatam-se ainda situações de extrema gravidade no ensino do Inglês, com menos 632 vagas; do Português, com menos 499; da Economia e Contabilidade, com menos 316; das artes Visuais, com menos 248; e das Ciências Agro-Pecuárias, com menos 135.
Apenas em dois grupos há um «saldo francamente positivo»: na Informática, com mais 405, e na Educação Física, com mais 374.
Especialmente pior
Na Educação Especial, o Ministério aponta para uma diminuição de docentes na ordem dos 70 por cento. Para a Fenprof, trata-se de «uma grave ilegalidade, contrária às convenções internacionais subscritas pelo Governo português». A situação levou a Fenprof a realizar, no dia 10, uma concentração de docentes e dirigentes sindicais, junto ao Ministério. Em vez das cerca de três mil vagas anunciadas, a Fenprof constatou existirem 2155. Assim, ficam de fora 5645 professores de um total de 7800 hoje destacados na Educação Especial. «Com esta redução, o ME presta um péssimo serviço, em especial, a todas as crianças e jovens com necessidades educativas especiais», acusa a Fenprof.
Como agravante para todos os níveis, só haverá novo concurso no ano lectivo de 2009/2010.
Também a formação de docentes é alvo de contestação, porque o Ministério anunciou, dia 13, na comunicação social, que os educadores de infância e os professores do 1.º Ciclo passarão a ser formados num único ciclo do ensino superior, e os restantes educadores em dois, num «cenário que configura uma inaceitável regressão». Quanto à introdução de um «exame» para ingresso na profissão, a Fenprof recusa e exige «processos rigorosos de avaliação das instituições e a penalização para as que não cumprem os requisitos», e defende «uma adequada formação contínua, assente fundamentalmente no trabalho pedagógico desenvolvido».