Repressão nas Filipinas

A presidente das Filipinas, Glória Arroyo, decretou, sexta-feira da semana passada, o estado de emergência no país na sequência de informações postas a circular que davam conta da possibilidade de um golpe de estado perpetrado pela direita.
Em resposta aos boatos, a polícia voltou-se para a esquerda política do país e prendeu o líder da coligação «A Nação Primeiro», Crispín Beltrán, atitude que motivou ainda o cancelamento de uma conferência de imprensa de outros quatro deputados do mesmo grupo parlamentar, ameaçados de detenção.
Igualmente detido foi o general na reserva Ramón Montano, tido juntamente com Beltrán como um dos instigadores de uma revolta contra o governo de Manila.
O executivo de Glória Arroyo justificou a medida excepcional com a necessidade de conter uma insurreição encabeçada por «membros da oposição, comunistas e aventureiros militares», mas a oposição acusou o governo de temer os festejos do 20.º aniversário da insurreição popular contra o ditador Ferdinando Marcos, em 25 de Fevereiro de 1986.
As autoridades informaram que continuam a monte «cerca de 200 suspeitos», facto que fez engrossar o coro da contestação às medidas antidemocráticas em curso.
Paralelamente, a redacção e as oficinas do diário Daily Tribune foram ocupadas pelo exército e todos os trabalhadores foram impedidos de frequentar o local.


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