O Conselho de Gerência da CP quer implementar novos horários nos comboios que servem o Entroncamento. A Comissão Concelhia do Entroncamento do PCP, para impedir esta intenção – ou «outras medidas ainda mais gravosas vêm a seguir» –, propõe a luta por um caminho-de-ferro visto «como um meio de transporte estruturante de um verdadeiro sistema de transportes ao serviço dos portugueses e do País».
Os novos horários, diz o PCP, são maus por várias razões, a primeira das quais por suprimir todas as paragens dos comboios alfa-pendulares no Entroncamento e em Santarém, o que significaria que os onze comboios alfa-pendulares Lisboa – Porto/Braga que param hoje no Entroncamento deixariam de o fazer.
Outras razões referem-se à introdução das «tristemente célebres» UTE, «recauchutadas» com climatização, nos comboios nocturnos entre Entroncamento e Porto – que deixariam de partir de Lisboa como até agora – e à supressão de todos os comboios regionais de passageiros no Ramal de Cáceres, cujo serviço receberia agora o «golpe final» e, depois, a sua concessão... às rodoviárias privadas!
A supressão e redução de comboios e paragens entre Lisboa e Tomar e Lisboa e Entroncamento é outro objectivo da Gerência que pretende, por fim, o transbordo no Entroncamento aos comboios regionais da Beira Baixa, congestionando-os e obrigando a um aumento de confusão e riscos em termos de segurança.