Segundo o PCP, esse acompanhamento é feito dentro do princípio sempre seguido pelos seus eleitos, de tudo fazer para que os interesses das populações sejam acautelados, as regras do regime democrático cumpridas e aplicada a transparência de processos nas decisões.
A declaração surge na sequência de afirmações, em especial da parte do PS, sobre a existência de uma coligação do PCP com o PSD. Independentemente de se saber que estes dois partidos são divergentes, sabido é também, diz o PCP, que ontem em maioria, como hoje em minoria, o comportamento do PCP não se altera e os seus eleitos dão sempre o melhor do seu esforço para o benefício das populações.
Tais afirmações não passam, assim, «de interpretações de conveniência política», já que o PCP nunca bloqueou o funcionamento dos órgãos autárquicos, sempre se manifestando «disponível para participar nos executivos com os seus eleitos e receber pelouros». Infelizmente, durante os anos em que geriu a Câmara Municipal o PS entendeu que «quem ganha governa» e nunca quis ceder pelouros à CDU nem partilhar cargos nas Juntas de Freguesia com os eleitos do PCP.
Pelos vistos o PSD – que ganhou as eleições no concelho de Vila Real de Santo António - teve um entendimento diferente, atribuindo pelouros e um tempo inteiro ao vereador da CDU e cargos nas juntas de freguesia, que o PCP aceitou para, sem abdicar da sua independência política, melhor poder contribuir para o bem-estar das populações. Os seus eleitos aprovarão, assim, todas as propostas neste sentido, venham elas do PS ou do PSD, tal como estão à vontade para apresentar propostas que entendam contribuir para o cumprimento desse objectivo.
O eleitorado da CDU e a população do concelho compreende seguramente esta atitude política e continuarão a reconhecer o carácter de esquerda do PCP e dos seus aliados na CDU.
Aliás, os trabalhadores e o povo – fortemente prejudicados pela política do actual Governo – podem estar certos, reitera a Concelhia de Vila Real de Santo António, que na primeira linha de combate em defesa dos seus interesses encontrarão sempre os comunistas.

Festas de Fim do Ano

Face à intenção de transferir a festa do Fim de Ano de Vila Real de Santo António para Monte Gordo, anunciada pelo presidente da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, Eng.º Luís Gomes, o PCP considera que «não devem ser criados novos eventos turísticos liquidando festas populares», pois há já «tradições arreigadas e nascidas da espontaneidade» das populações, como é o caso da passagem de ano na Praça Marquês de Pombal, em Vila Real de Santo António.
Esta festa é cada vez mais um local de encontro, convívio e confraternização de largos milhares de vilarealenses e a alternativa para muitos daqueles que, sem família ou dinheiro para outros reveillons, ali encontram uma forma de comemorar a chegada de um novo ano.
Embora não se opondo à criação de uma festa de Fim de Ano no coração da Baía de Monte Gordo, até porque é promovida em moldes bem estruturados e profissionais e dentro do calendário de animação turística do concelho, o PCP entende que esta não deverá ser feita à custa da Festa de Fim do Ano de Vila Real de Santo António.