«Até quando e em nome de quê?»
A Federação Nacional dos Professores acusou, sexta-feira, o Ministério da Educação e alguns órgãos de comunicação de «irresponsabilidade» ao classificarem as melhores e piores escolas secundárias apenas pelos resultados dos exames do 12.º ano.
A divulgação dos resultados é «uma calamidade pública
Em comunicado, a Fenprof afirma «demarcar-se» da quinta edição do «ranking das escolas», na véspera da sua divulgação, por considerar que se trata de uma «pseudo-avaliação» que utiliza «de forma simplista as classificações dos alunos nos exames nacionais», sem ligar aos factores que «influenciam a qualidade dos processos educativos».
Citando um estudo do Centro de Investigação das Políticas do Ensino Superior de 2004, a Fenprof invoca factores a ter em conta na análise dos resultados dos exames, como «a origem sócio-cultural dos alunos, a dimensão da escola, a composição do corpo docente». Sem esta análise, a divulgação dos resultados é «uma calamidade pública», afirma a Fenprof.
«Até quando vão as escolas portuguesas estar sujeitas a esta pseudo-avaliação, que com absoluta falta de rigor, compara o incomparável», questiona a Fenprof, que defende uma «avaliação das escolas ao serviço do seu desenvolvimento e que respeite as suas diferenças».
Falta de estratégia
No dia anterior, o sindicato dos professores acusou o Ministério da Educação de «falta de estratégia» ao decidir encerrar 512 escolas com menos de 20 alunos, alertando para o perigo de agravar a qualidade de vida das crianças.
A acusação da Fenprof é uma reacção à entrevista da ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, publicada no Público, no qual anuncia a decisão de encerrar no próximo ano lectivo as «escolas de insucesso», que são «sobretudo escolas do 1.º ciclo e de pequena dimensão, onde o nível de repetência é muito superior à média nacional».
Em comunicado, a Fenprof reconhece a necessidade de encerrar algumas escolas, mas considera que o critério e o número avançado pelo Ministério «não encaixam com a realidade» e demonstram apenas a forma economicista como é pensada a educação em Portugal.
«As escolas com menos de 20 alunos são exactamente aquelas que se situam nas regiões e localidades mais desfavorecidas económica e culturalmente, onde as taxas de escolarização das famílias são menores", defende. «Estas pequenas escolas são aquelas onde a pobreza de recursos pedagógicos e didácticos é mais evidente. São as escolas do quadro preto de giz», considera a estrutura sindical.
A Fenprof diz ainda que se tratam de escolas sem refeitório e onde «um elevado número de crianças não tem uma alimentação adequada».
Citando um estudo do Centro de Investigação das Políticas do Ensino Superior de 2004, a Fenprof invoca factores a ter em conta na análise dos resultados dos exames, como «a origem sócio-cultural dos alunos, a dimensão da escola, a composição do corpo docente». Sem esta análise, a divulgação dos resultados é «uma calamidade pública», afirma a Fenprof.
«Até quando vão as escolas portuguesas estar sujeitas a esta pseudo-avaliação, que com absoluta falta de rigor, compara o incomparável», questiona a Fenprof, que defende uma «avaliação das escolas ao serviço do seu desenvolvimento e que respeite as suas diferenças».
Falta de estratégia
No dia anterior, o sindicato dos professores acusou o Ministério da Educação de «falta de estratégia» ao decidir encerrar 512 escolas com menos de 20 alunos, alertando para o perigo de agravar a qualidade de vida das crianças.
A acusação da Fenprof é uma reacção à entrevista da ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, publicada no Público, no qual anuncia a decisão de encerrar no próximo ano lectivo as «escolas de insucesso», que são «sobretudo escolas do 1.º ciclo e de pequena dimensão, onde o nível de repetência é muito superior à média nacional».
Em comunicado, a Fenprof reconhece a necessidade de encerrar algumas escolas, mas considera que o critério e o número avançado pelo Ministério «não encaixam com a realidade» e demonstram apenas a forma economicista como é pensada a educação em Portugal.
«As escolas com menos de 20 alunos são exactamente aquelas que se situam nas regiões e localidades mais desfavorecidas económica e culturalmente, onde as taxas de escolarização das famílias são menores", defende. «Estas pequenas escolas são aquelas onde a pobreza de recursos pedagógicos e didácticos é mais evidente. São as escolas do quadro preto de giz», considera a estrutura sindical.
A Fenprof diz ainda que se tratam de escolas sem refeitório e onde «um elevado número de crianças não tem uma alimentação adequada».