Solidariedade de classe com os imigrantes
Os trabalhadores imigrados em Portugal podem contar com a solidariedade de classe do PCP, que quer continuar fiel à divisa «Proletários de todos os países, uni-vos» - afirmou Júlio Filipe, membro do Comité Central do Partido, no encerramento do debate sobre imigração que teve lugar no domingo à tarde, em Lisboa.
Júlio Filipe chamou a atenção para o facto de sucessivos governos, com o PSD, o CDS e o PS, não apresentarem soluções para problemas dos imigrantes e da imigração, que os comunistas identificaram e sobre os quais têm apresentado propostas desde há muitos anos. Reiterou a determinação do PCP, para continuar a intervir no Parlamento, nos sindicatos, nas autarquias e enquanto força política organizada e sublinhou que «contamos com os imigrantes para a luta pela alteração da política de direita», embora este não seja um combate fácil.
Na intervenção de abertura, o deputado comunista António Filipe apontou a legalização da estada em Portugal como o problema principal dos imigrantes, do qual derivam as situações mais graves de discriminação e exploração. Comentando a decisão recente do Governo, que revogou as «autorizações de permanência» mas não para as transformar em mais estáveis «autorizações de residência», António Filipe denunciou que há quem esteja interessado em manter os imigrantes em situação ilegal, pois assim estão mais fragilizados perante o patronato sem escúpulos.
Manuel Correia, dirigente sindical e também membro do CC do Partido, sublinhou que «os imigrantes querem estar legais», mas o Estado fez leis que fazem depender a legalização da vontade do patrão, o que constitui uma armadilha propositada. Alertou para impedimentos de vária ordem, muitas vezes com contornos ilegais, na renovação de autorizações já concedidas.
Na iniciativa, que decorreu na sede da Federação Portuguesa das Colectividades de Cultura e Recreio, participaram dirigentes de associações de imigrantes e sindicalistas, bem como alguns trabalhadores estrangeiros a título individual. Usaram da palavra, entre outros, Mohamed Seka, da Associação Solidariedade Imigrante, Henrique Graça, do Sindicato da Construção do Sul, Jasmina Torres, da União dos Sindicatos de Lisboa, Olga Santos, da Associação Moçambique Sempre. Além de denunciarem vários casos concretos de discriminação e resistência, salientaram a urgência de alterar a lei sobre nacionalidade, de forma a evitar que os filhos de imigrantes sejam estrangeiros no país onde nasceram e cresceram.
Júlio Filipe chamou a atenção para o facto de sucessivos governos, com o PSD, o CDS e o PS, não apresentarem soluções para problemas dos imigrantes e da imigração, que os comunistas identificaram e sobre os quais têm apresentado propostas desde há muitos anos. Reiterou a determinação do PCP, para continuar a intervir no Parlamento, nos sindicatos, nas autarquias e enquanto força política organizada e sublinhou que «contamos com os imigrantes para a luta pela alteração da política de direita», embora este não seja um combate fácil.
Na intervenção de abertura, o deputado comunista António Filipe apontou a legalização da estada em Portugal como o problema principal dos imigrantes, do qual derivam as situações mais graves de discriminação e exploração. Comentando a decisão recente do Governo, que revogou as «autorizações de permanência» mas não para as transformar em mais estáveis «autorizações de residência», António Filipe denunciou que há quem esteja interessado em manter os imigrantes em situação ilegal, pois assim estão mais fragilizados perante o patronato sem escúpulos.
Manuel Correia, dirigente sindical e também membro do CC do Partido, sublinhou que «os imigrantes querem estar legais», mas o Estado fez leis que fazem depender a legalização da vontade do patrão, o que constitui uma armadilha propositada. Alertou para impedimentos de vária ordem, muitas vezes com contornos ilegais, na renovação de autorizações já concedidas.
Na iniciativa, que decorreu na sede da Federação Portuguesa das Colectividades de Cultura e Recreio, participaram dirigentes de associações de imigrantes e sindicalistas, bem como alguns trabalhadores estrangeiros a título individual. Usaram da palavra, entre outros, Mohamed Seka, da Associação Solidariedade Imigrante, Henrique Graça, do Sindicato da Construção do Sul, Jasmina Torres, da União dos Sindicatos de Lisboa, Olga Santos, da Associação Moçambique Sempre. Além de denunciarem vários casos concretos de discriminação e resistência, salientaram a urgência de alterar a lei sobre nacionalidade, de forma a evitar que os filhos de imigrantes sejam estrangeiros no país onde nasceram e cresceram.