A polícia britânica deteve, quarta-feira da semana passada, a mulher que alegadamente terá testemunhado o assassinato de Jean Charles de Menezes.
As autoridades supõem que a mulher de 43 anos terá sido a fonte de informação na qual os órgão de comunicação social se basearam para desmontar a versão avançada pelas autoridades e pelo executivo de Tony Blair.
Ainda de acordo com a justificação oficial, a mulher foi posta em liberdade mediante o pagamento de uma fiança, embora se mantenha sob alçada das investigações.
Recorde-se que, no passado dia 22 de julho, a polícia inglesa alvejou mortalmente o emigrante brasileiro, com sete tiros no crânio e um na parte superior do tronco, quando este se preparava para entrar no metropolitano da cidade de Londres.
Jean Charles foi então tido aos olhos das autoridades como um alegado bombista, identificado como portador de um casaco «suspeito» e posteriormente em fuga pela estação perseguido por agentes.
Na verdade, apurou-se que Jean Charles vestia um casaco normal, entrou a passo na estação, validou o seu título de transporte e quando entrava no comboio transportava um jornal que se preparava para ler durante a viagem.