Por aumentos salariais
Foi total a paralisação da produção ocorrida anteontem na Saint Gobain Glass Portugal (ex-Covina). Firmeza e unidade são traços dominantes nesta luta dos trabalhadores por melhores salários.
Lucros sobem mas trabalhadores não vêem nada
Prevista para ontem, depois do êxito da greve, estava a avaliação da atitude a tomar em face da posição que vier a ser adoptada pela administração da multinacional francesa sediada em Santa Iria de Azóia. Certo é que, como se pode inferir das palavras do dirigente sindical Sérgio Monteiro em declarações ao Avante!, nem os trabalhadores nem os seus representantes estão dispostos a aceitar os 2,3 por cento de aumento salarial proposto pela empresa.
Exigem, por isso, que a entidade patronal regresse à mesa das negociações com uma posição que tenha em conta não só a reposição do poder de compra como também a distribuição de parte dos ganhos de produtividade da empresa.
Tudo está, pois, nas mãos da administração desta unidade industrial de fabrico de vidro plano que (antes da greve) declarou não poder aceitar aumentos superiores à inflação, ao fim de cinco reuniões do processo negocial com vista à revisão da matéria salarial do Acordo de Empresa.
Uma recusa tanto mais inaceitável quanto é certo que, segundo dados divulgados pela Federação Portuguesa dos Sindicatos da Construção, Cerâmica e Vidro, os lucros da empresa registaram uma subida crescente nos últimos três anos, em sentido inverso ao número dos seus trabalhadores (4.682.094,77 € em 2002; 5.299.128,00 € em 2003; 6.856.771,73€ em 2004).
Com efeito, além destes resultados líquidos, a empresa tem vindo a redimensionar o quadro de pessoal, com a imposição de ritmos de trabalho cada vez mais intensos e violentos para os trabalhadores que se mantêm no activo, sem que isso se tenha traduzido até agora em qualquer contrapartida a nível da tabela salarial.
Exigem, por isso, que a entidade patronal regresse à mesa das negociações com uma posição que tenha em conta não só a reposição do poder de compra como também a distribuição de parte dos ganhos de produtividade da empresa.
Tudo está, pois, nas mãos da administração desta unidade industrial de fabrico de vidro plano que (antes da greve) declarou não poder aceitar aumentos superiores à inflação, ao fim de cinco reuniões do processo negocial com vista à revisão da matéria salarial do Acordo de Empresa.
Uma recusa tanto mais inaceitável quanto é certo que, segundo dados divulgados pela Federação Portuguesa dos Sindicatos da Construção, Cerâmica e Vidro, os lucros da empresa registaram uma subida crescente nos últimos três anos, em sentido inverso ao número dos seus trabalhadores (4.682.094,77 € em 2002; 5.299.128,00 € em 2003; 6.856.771,73€ em 2004).
Com efeito, além destes resultados líquidos, a empresa tem vindo a redimensionar o quadro de pessoal, com a imposição de ritmos de trabalho cada vez mais intensos e violentos para os trabalhadores que se mantêm no activo, sem que isso se tenha traduzido até agora em qualquer contrapartida a nível da tabela salarial.