Propostas para um novo rumo
Agricultura, centros de saúde e mobilidade são temas em destaque em mais uma semana da campanha «Mil localidades: participação e desenvolvimento».
Por cada euro pago à Brisa em portagens, metade é lucro líquido
Os agricultores são, actualmente, uma das camadas que mais sofre as consequências da política de submissão à União Europeia, levada a cabo pelos sucessivos governos. Neste âmbito, a eurodeputada comunista Ilda Figueiredo esteve no distrito de Aveiro, nomeadamente na Feira de Gado da Palhaça, a contactar com os agricultores da região, numa iniciativa promovida pelo grupo de trabalho camponês da Organização Regional de Aveiro do PCP.
No documento distribuído aos agricultores presentes na feira, bem como nas conversas mantidas entre estes e a eurodeputada, o assunto principal foi a Política Agrícola Comum (PAC) e a sua reforma, que está prestes a ser concluída. Os comunistas consideram que a reforma da PAC está a seguir um caminho que não visa corrigir os desequilíbrios e assimetrias na actual distribuição das ajudas, que favorecem os grandes em detrimento dos mais pequenos.
«Esta reforma visa, no essencial, congelar o orçamento comunitário», afirmam os comunistas, relembrando que com o alargamento será necessário dividir o mesmo por muitos mais. Um dos principais perigos, considera o PCP, é o de «estabelecer as ajudas com base no que se produziu nos últimos anos e desvincular essas ajudas do que se produz». Ou seja, «beneficia-se uma vez mais os grandes, os que têm a agricultura mais desenvolvida , condenando os pequenos e a agricultura familiar a não sair da situação difícil em que se encontram».
O PCP considera que para uma PAC mais justa é essencial defender instrumentos de regulação do mercado que garantam a manutenção de um preço justo e proteger os países da comunidade, defendendo o mercado interno. Garantir a segurança dos consumidores e a soberania alimentar de cada País, bem como os apoios à agricultura portuguesa da mesma forma que se apoiam os países do norte são outros dos princípios defendidos para uma nova PAC.
Corrigir injustiças
A mobilidade, as acessibilidades e os transportes são alguns dos principais problemas das populações das áreas metropolitanas. Nesse sentido, o PCP realizou, na segunda-feira, em Almada, uma iniciativa de apresentação de dois projectos-lei: um que prevê a abolição de portagens no interior das áreas metropolitanas e outro a criação do passe social inter-modal na Área Metropolitana de Lisboa. Várias dezenas de pessoas compareceram na acção e muitas outras, ao passarem, paravam para ouvir o que se dizia.
Intervindo na acção, o deputado Bruno Dias lembrou que as populações da Margem Sul do Tejo sofrem uma grande injustiça em matéria de portagens: não é possível chegar a Lisboa gratuitamente. As pontes sobre o rio Tejo são ambas pagas e não há qualquer alternativa. Em seguida, denunciou uma situação por muitos desconhecida: por cada euro pago nas portagens da Brisa cinquenta cêntimos são lucros líquidos desta empresa.
Com preços muito elevados – por um serviço muitas vezes desconfortável e desadequado das necessidades –, o transporte colectivo não se apresenta como alternativa credível ao automóvel. Uma das formas de resolver esta questão passa pelo alargamento da coroa do passe social, nomeadamente do L123, o mais utilizado na AML, defende o PCP.
José Gonçalves, vereador comunista da Câmara Municipal de Almada, fez o historial da luta das autarquias e das populações de Almada pela mobilidade. O Metro Sul do Tejo, que está em fase de construção, será uma realidade depois de mais de 15 anos de luta. O autarca referiu-se também à exigência da construção de importantes vias, como a CRIPS – a Cintura Regional Interna da Península de Setúbal – já prevista mas constantemente adiada. Esta via permitiria ligar todo o arco ribeirinho, de Almada ao Montijo.
No documento distribuído aos agricultores presentes na feira, bem como nas conversas mantidas entre estes e a eurodeputada, o assunto principal foi a Política Agrícola Comum (PAC) e a sua reforma, que está prestes a ser concluída. Os comunistas consideram que a reforma da PAC está a seguir um caminho que não visa corrigir os desequilíbrios e assimetrias na actual distribuição das ajudas, que favorecem os grandes em detrimento dos mais pequenos.
«Esta reforma visa, no essencial, congelar o orçamento comunitário», afirmam os comunistas, relembrando que com o alargamento será necessário dividir o mesmo por muitos mais. Um dos principais perigos, considera o PCP, é o de «estabelecer as ajudas com base no que se produziu nos últimos anos e desvincular essas ajudas do que se produz». Ou seja, «beneficia-se uma vez mais os grandes, os que têm a agricultura mais desenvolvida , condenando os pequenos e a agricultura familiar a não sair da situação difícil em que se encontram».
O PCP considera que para uma PAC mais justa é essencial defender instrumentos de regulação do mercado que garantam a manutenção de um preço justo e proteger os países da comunidade, defendendo o mercado interno. Garantir a segurança dos consumidores e a soberania alimentar de cada País, bem como os apoios à agricultura portuguesa da mesma forma que se apoiam os países do norte são outros dos princípios defendidos para uma nova PAC.
Corrigir injustiças
A mobilidade, as acessibilidades e os transportes são alguns dos principais problemas das populações das áreas metropolitanas. Nesse sentido, o PCP realizou, na segunda-feira, em Almada, uma iniciativa de apresentação de dois projectos-lei: um que prevê a abolição de portagens no interior das áreas metropolitanas e outro a criação do passe social inter-modal na Área Metropolitana de Lisboa. Várias dezenas de pessoas compareceram na acção e muitas outras, ao passarem, paravam para ouvir o que se dizia.
Intervindo na acção, o deputado Bruno Dias lembrou que as populações da Margem Sul do Tejo sofrem uma grande injustiça em matéria de portagens: não é possível chegar a Lisboa gratuitamente. As pontes sobre o rio Tejo são ambas pagas e não há qualquer alternativa. Em seguida, denunciou uma situação por muitos desconhecida: por cada euro pago nas portagens da Brisa cinquenta cêntimos são lucros líquidos desta empresa.
Com preços muito elevados – por um serviço muitas vezes desconfortável e desadequado das necessidades –, o transporte colectivo não se apresenta como alternativa credível ao automóvel. Uma das formas de resolver esta questão passa pelo alargamento da coroa do passe social, nomeadamente do L123, o mais utilizado na AML, defende o PCP.
José Gonçalves, vereador comunista da Câmara Municipal de Almada, fez o historial da luta das autarquias e das populações de Almada pela mobilidade. O Metro Sul do Tejo, que está em fase de construção, será uma realidade depois de mais de 15 anos de luta. O autarca referiu-se também à exigência da construção de importantes vias, como a CRIPS – a Cintura Regional Interna da Península de Setúbal – já prevista mas constantemente adiada. Esta via permitiria ligar todo o arco ribeirinho, de Almada ao Montijo.