O desmembramento e a privatização de empresas públicas de transportes, incluindo a companhia aérea de bandeira, contrariam os interesses do País e põem em causa a componente social do transporte, para além de resultarem na destruição de milhares de postos de trabalho.
A denúncia foi feita anteontem, em Lisboa, num plenário de representantes do pessoal do sector, que reafirmou, reunido em tribuna pública, a decisão de «aprofundar a luta, como factor determinante na defesa dos direitos e interesses dos utentes e trabalhadores».
Alterações no sector, defende-se na resolução aprovada na baixa lisboeta, devem ser enquadradas na definição de «uma política nacional que vise uma maior utilização do transporte público, com ganhos substanciais, em termos económicos e ambientais».
Os sindicatos da CGTP e as comissões de trabalhadores do sector reafirmaram reivindicações já apresentadas ao Governo, entre as quais figuram um plano nacional de transportes, uma política para a aviação, o fim da redução do emprego, a fiscalização das obrigações inerentes à concessão do serviço de transporte.

Carris

Está convocado para hoje um plenário geral de trabalhadores da Carris, no quadro da luta contra um processo de reestruturação que tem sido denunciado como de destruição da empresa. O plenário, convocado pela Comissão de Trabalhadores após mais uma reunião com todos os sindicatos, decorre de forma descentralizada: das 10 horas às 11.30, para o pessoal dos sectores fixos, e das 15 às 16 horas, para os trabalhadores de tráfego disponíveis, nas salas de plantões. Os trabalhadores são chamados a decidir as acções que melhor possam defender os postos de trabalho e a empresa, pública e ao serviço da população.