Ambição para fazer mais
Abrigada na encosta da Serra da Ossa, no interior do Alto Alentejo, Estremoz destaca-se pela qualidade de vida da sua população e pelas infra-estruturas de excelência que oferece. Em conversa com o Avante!, Luís Mourinha, presidente da Câmara Municipal, e Júlio Rebelo, vereador e candidato da CDU aos próximos quatro anos de mandato autárquico, explicam o trabalho já realizado e desvendam alguns dos projectos e ambições para fazer mais e melhor pelo concelho.
Quem chega ao Rossio do Marquês de Pombal, praça central de Estremoz, tem a agradável surpresa de ver que o espaço ainda pulsa boa parte da vida da cidade e das suas populações, mantendo a dignidade dos majestosos terreiros onde gente de todas as idades, com diferentes origens de classe, etnias, credos e actividades profissionais se habituaram a conviver.
A conservação da dinâmica do Rossio e da sua importância no contexto do concelho levou o município a investir fortemente no projecto da sua requalificação e revitalização urbana, obra que o presidente da autarquia apresentou como uma das prioridades da gestão CDU nos últimos quatro anos de mandato.
Luís Mourinha sublinhou que as linhas de orientação fundamentais caracterizaram-se pelo equilíbrio na aplicação dos recursos», tomando em atenção ora «as obras necessárias em vias de comunicação ou rede básica, ora na cultura e no desporto», isto apesar dos bloqueios e constrangimentos de ordem financeira impostos pelo Governo, o que «obrigou a uma rigorosa gestão dos recursos, mesmo nas obras mais pequenas».
Exemplos das dificuldades colocadas não faltam, e o presidente aponta-os como sintomas de uma política de direita incapaz de responder aos mais elementares anseios e necessidades das populações.
«A juntar aos atrasos na descentralização das verbas e pedidos de financiamento comunitário, ao pouco interesse dos Governos em investir no combate às assimetrias regionais, a reforma da tributação das habitações e os tectos cegos de endividamento afectaram consideravelmente as receitas. Mesmo com as freguesias, verificamos que contribuímos mais para os seus orçamentos que o próprio Estado, chegando ao ponto de existirem casos em que não chegam a receber o suficiente para pagar aos membros da Junta e para pagarem aos restantes eleitos, o que faz com que estejamos a chegar ao ponto de ruptura», explicou.
Apesar de tudo, Luís Mourinha não deixa de falar com entusiasmo dos trabalhos e projectos que foram possíveis levar por diante.
«Requalificámos o Centro Cultural e o Parque de Feiras; para o campo de futebol, temos o projecto de fazer a cobertura aproveitando painéis solares; reforçámos os depósitos de água e concluímos a rede de abastecimento neste mandato; recuperámos o Teatro Bernardim Ribeiro, obra que já estava acabada mas em que tivemos que voltar a investir depois do incêndio; as infra-estruturas desportivas encontram-se bastante avançadas – a última está a nascer na freguesia da Glória - e estamos a participar no sistema intermunicipal de águas e esgotos com outros municípios, só falta, claro está, a aprovação do Fundo de Coesão».
Confiar em quem tem projecto
A perspectiva de investimento autárquico em áreas fulcrais que funcionem «como estímulo e dinamização de actividades até que tenham pernas próprias para andar» são, para Júlio Rebelo, apostas de continuidade para o próximo mandato.
As palavras do cabeça de lista da CDU às eleições de Outubro próximo são corroboradas pelo ainda responsável da autarquia, que revela que «para os próximos anos há que redefinir o plano estratégico para o concelho na medida em que já temos os grandes equipamentos, as estruturas fundamentais, necessitamos de saber quais os caminhos que vamos seguir de agora em diante».
Tranquilo com a qualidade e alcance da obra feita e confiante na equipa apresentada pela CDU – a qual espera venha a merecer expressão eleitoral reforçada pela população – Luís Mourinha não deixa, no entanto, de lançar alguns esclarecimentos sobre a matriz reguladora da candidatura apresentada pelo PS, a qual qualifica como «um projecto sem ideias», que deita mãos aos «boy’s e girl’s que não se encaixaram no Estado» e cujo discurso do candidato «parece o que ouvíamos antes do 25 de Abril».
Cultura, património e lazer
Muito para dar e receber
Num concelho onde, como tantos outros do interior de Portugal, se luta diariamente contra a desertificação e o aumento do fosso face ao litoral, a cultura, o património e o lazer são igualmente pedras de toque para o desenvolvimento e a fixação de pessoas, capacidades e energias.
A actividade cultural diversificada existente em Estremoz projecta o município além fronteiras e é uma das marcas que distingue a gestão e o projecto da CDU – integrado, coordenado, altruísta e democrático. O saldo é, no fim do mandato, amplamente positivo.
O programa dedicado à cultura barroca desenvolvido durante todo o ano de 2004 foi, para Júlio Rebelo, «absolutamente inédito pelo conjunto de exposições, concertos, colóquios e apresentações de obras literárias».
Muito embora o sucesso da iniciativa seja uma tentação para que o género se repita, eventualmente com outra temática, o cabeça de lista da CDU no concelho fala-nos de um novo projecto igualmente ambicioso: o de fixar uma temporada de ópera na cidade.
«Neste momento, a ópera no Alentejo já está em andamento, mas pensamos que tem muito para crescer no próximo mandato.
O Teatro Bernardim Ribeiro é um equipamento de excepção e conseguimos fazer, este ano, uma temporada de ópera, algo inédito. Multiplicámos esforços, aplicámos o pouco que tínhamos protocolando com vários parceiros. Para este último espectáculo preparámos ainda uma surpresa: durante uma semana as pessoas podem assistir aos ensaios, permitindo à população aceder e formar o gosto pela ópera, que tem tanta tradição na nossa cidade. Isto é desmistificar as coisas, o elitismo da arte levando a música às pessoas com bilhetes a preços acessíveis a todos», disse Júlio Rebelo.
Mas os horizontes já rasgados exigem mais, por isso, o candidato da CDU encara o desenvolvimento deste projecto do ponto de vista turístico «atraindo gente de fora do concelho».
«Este é um grande projecto cultural que envolverá também a vinha, de tal forma que as óperas que escolhemos tinham sempre qualquer coisa a ver com essa riqueza de Estremoz. No futuro pensamos até que será possível fazer pacotes turísticos que envolvam espectáculos de ópera ou outros, alojamento e visita ao património natural, arquitectónico e gastronómico do concelho», continuou Júlio Rebelo.
A nota dominante no âmbito da cultura fica dada, mas para que os pontos não faltem nos “is” e não se pense erradamente que o trabalho feito foi só “garganta” e canto lírico, sublinha-se com justiça o início da construção de uma nova biblioteca, do centro cultural de Estremoz ocupando o lugar do antigo matadouro da cidade e onde passarão a funcionar actividades de várias instituições, incluindo a escola de música.
«Tudo isto poderá propiciar condições para voltar a montar a orquestra típica», afirma Luís Mourinha, que conclui desafiando os camaradas e amigos que agora constituem a nova equipa da CDU: «Com o trabalho que pretendemos desenvolver, as ideias e projectos que temos em mãos, por cá não se morre de tédio!».
Gente que cuida da sua gente
Uma postura solidária
Contando com um dos mais elevados índices de cobertura do País no que à assistência aos idosos diz respeito, a autarquia de Estremoz, no entanto, não cruza os braços e aguarda o desbloqueamento de dois processos que dotarão as freguesias de São Bento do Ameixial e Santa Vitória de outros tantos lares de idosos, projectos que apresentam a dupla vertente de criar postos de trabalho no concelho e, simultaneamente, mantêm o compromisso solidário que tem acompanhado ao longo dos mandatos a gestão comunista.
Júlio Rebelo esclarece que «há da parte da Câmara uma ideia de desenvolvimento integrado, o qual toca obrigatoriamente em áreas como a atribuição de subsídios ou a resolução de carências sentidas pelas associações e colectividades. Ao nível da intervenção social, temos adoptado a estratégia de dotar os parceiros e as entidades de condições para que desenvolvam os seus próprios projectos. O nosso papel é estimular, motivar e criar condições, pôr toda esta gente do concelho em rede».
Mas quando as responsabilidades do Governo se esvaem nas promessas eleitorais, lá estão as autarquias a solucionar. Assim, por exemplo, surgiu «o Banco de Ajudas Técnicas, um projecto que permite responder junto das pessoas de todas as freguesias prestando-lhes equipamentos de saúde, nomeadamente aos mais idosos ou doentes, tudo com apoio financeiro, logístico e de recursos humanos da Câmara Municipal», afirma o candidato da CDU.
Crescimento sustentado
Teimar e vencer barreiras
«Em Portugal, equipamentos que criam condições para a existência de postos de trabalho são sempre mais morosos de aprovar do que piscinas ou jardins».
A afirmação do presidente da Câmara de Estremoz reflecte as imensas dificuldades sentidas na implementação de uma zona industrial no concelho, um projecto que, explicou Luís Mourinha, «fazia parte do 1.º Quadro Comunitário de Apoio, ainda no executivo de Cavaco Silva, e falava até de um cordão industrial de média dimensão envolvendo Elvas, Estremoz, Arraiolos, Montemor-o-Novo e Vendas Novas».
Neste contexto, o presidente da autarquia protesta e esclarece que «nós fizemos o nosso trabalho para criar 200 empregos directos. Fizemos a expropriação, pagámos o terreno, investimos mais de 150 mil contos, mas precisamos da aprovação dos fundos comunitários para investir nos arruamentos e na instalação das empresas. Já temos interessados em ficar na zona industrial, nomeadamente no sector da produção de enchidos e nos mármores – que têm muita qualidade e tradição no concelho - mas também no sector do ambiente. Não faz sentido que a esta altura a comparticipação comunitária ainda não esteja aprovada!».
A ideia de um desenvolvimento sustentado guiou o projecto na última década, procurando criar núcleos de pequena industria e habitação descentralizados, como servem de exemplo os trabalhos realizados em Veiros e Evoramonte.
Com boas bases já semeadas, Júlio Rebelo revela que a CDU propõem-se para os próximos quatro anos «potenciar o Parque de Exposições e a Zona Industrial dos Arcos», ambições que passam fundamentalmente «pela continuação do trabalho nesta área rentabilizando os equipamentos disponíveis. Todo o tecido urbano das freguesias dos Arcos e da Glória vai ser revitalizado», sublinha o candidato da CDU que conclui: «a isto chamamos desenvolvimento equilibrado, em rede, entre vasos comunicantes, porque tem em conta a possibilidade de fixar pessoas com boas condições de vida e trabalho, o que afinal corresponde à matriz de identidade da CDU no poder local, um crescimento harmonioso que rejeita uma perspectiva selvática e autista em relação às populações e às necessidades locais».
A conservação da dinâmica do Rossio e da sua importância no contexto do concelho levou o município a investir fortemente no projecto da sua requalificação e revitalização urbana, obra que o presidente da autarquia apresentou como uma das prioridades da gestão CDU nos últimos quatro anos de mandato.
Luís Mourinha sublinhou que as linhas de orientação fundamentais caracterizaram-se pelo equilíbrio na aplicação dos recursos», tomando em atenção ora «as obras necessárias em vias de comunicação ou rede básica, ora na cultura e no desporto», isto apesar dos bloqueios e constrangimentos de ordem financeira impostos pelo Governo, o que «obrigou a uma rigorosa gestão dos recursos, mesmo nas obras mais pequenas».
Exemplos das dificuldades colocadas não faltam, e o presidente aponta-os como sintomas de uma política de direita incapaz de responder aos mais elementares anseios e necessidades das populações.
«A juntar aos atrasos na descentralização das verbas e pedidos de financiamento comunitário, ao pouco interesse dos Governos em investir no combate às assimetrias regionais, a reforma da tributação das habitações e os tectos cegos de endividamento afectaram consideravelmente as receitas. Mesmo com as freguesias, verificamos que contribuímos mais para os seus orçamentos que o próprio Estado, chegando ao ponto de existirem casos em que não chegam a receber o suficiente para pagar aos membros da Junta e para pagarem aos restantes eleitos, o que faz com que estejamos a chegar ao ponto de ruptura», explicou.
Apesar de tudo, Luís Mourinha não deixa de falar com entusiasmo dos trabalhos e projectos que foram possíveis levar por diante.
«Requalificámos o Centro Cultural e o Parque de Feiras; para o campo de futebol, temos o projecto de fazer a cobertura aproveitando painéis solares; reforçámos os depósitos de água e concluímos a rede de abastecimento neste mandato; recuperámos o Teatro Bernardim Ribeiro, obra que já estava acabada mas em que tivemos que voltar a investir depois do incêndio; as infra-estruturas desportivas encontram-se bastante avançadas – a última está a nascer na freguesia da Glória - e estamos a participar no sistema intermunicipal de águas e esgotos com outros municípios, só falta, claro está, a aprovação do Fundo de Coesão».
Confiar em quem tem projecto
A perspectiva de investimento autárquico em áreas fulcrais que funcionem «como estímulo e dinamização de actividades até que tenham pernas próprias para andar» são, para Júlio Rebelo, apostas de continuidade para o próximo mandato.
As palavras do cabeça de lista da CDU às eleições de Outubro próximo são corroboradas pelo ainda responsável da autarquia, que revela que «para os próximos anos há que redefinir o plano estratégico para o concelho na medida em que já temos os grandes equipamentos, as estruturas fundamentais, necessitamos de saber quais os caminhos que vamos seguir de agora em diante».
Tranquilo com a qualidade e alcance da obra feita e confiante na equipa apresentada pela CDU – a qual espera venha a merecer expressão eleitoral reforçada pela população – Luís Mourinha não deixa, no entanto, de lançar alguns esclarecimentos sobre a matriz reguladora da candidatura apresentada pelo PS, a qual qualifica como «um projecto sem ideias», que deita mãos aos «boy’s e girl’s que não se encaixaram no Estado» e cujo discurso do candidato «parece o que ouvíamos antes do 25 de Abril».
Cultura, património e lazer
Muito para dar e receber
Num concelho onde, como tantos outros do interior de Portugal, se luta diariamente contra a desertificação e o aumento do fosso face ao litoral, a cultura, o património e o lazer são igualmente pedras de toque para o desenvolvimento e a fixação de pessoas, capacidades e energias.
A actividade cultural diversificada existente em Estremoz projecta o município além fronteiras e é uma das marcas que distingue a gestão e o projecto da CDU – integrado, coordenado, altruísta e democrático. O saldo é, no fim do mandato, amplamente positivo.
O programa dedicado à cultura barroca desenvolvido durante todo o ano de 2004 foi, para Júlio Rebelo, «absolutamente inédito pelo conjunto de exposições, concertos, colóquios e apresentações de obras literárias».
Muito embora o sucesso da iniciativa seja uma tentação para que o género se repita, eventualmente com outra temática, o cabeça de lista da CDU no concelho fala-nos de um novo projecto igualmente ambicioso: o de fixar uma temporada de ópera na cidade.
«Neste momento, a ópera no Alentejo já está em andamento, mas pensamos que tem muito para crescer no próximo mandato.
O Teatro Bernardim Ribeiro é um equipamento de excepção e conseguimos fazer, este ano, uma temporada de ópera, algo inédito. Multiplicámos esforços, aplicámos o pouco que tínhamos protocolando com vários parceiros. Para este último espectáculo preparámos ainda uma surpresa: durante uma semana as pessoas podem assistir aos ensaios, permitindo à população aceder e formar o gosto pela ópera, que tem tanta tradição na nossa cidade. Isto é desmistificar as coisas, o elitismo da arte levando a música às pessoas com bilhetes a preços acessíveis a todos», disse Júlio Rebelo.
Mas os horizontes já rasgados exigem mais, por isso, o candidato da CDU encara o desenvolvimento deste projecto do ponto de vista turístico «atraindo gente de fora do concelho».
«Este é um grande projecto cultural que envolverá também a vinha, de tal forma que as óperas que escolhemos tinham sempre qualquer coisa a ver com essa riqueza de Estremoz. No futuro pensamos até que será possível fazer pacotes turísticos que envolvam espectáculos de ópera ou outros, alojamento e visita ao património natural, arquitectónico e gastronómico do concelho», continuou Júlio Rebelo.
A nota dominante no âmbito da cultura fica dada, mas para que os pontos não faltem nos “is” e não se pense erradamente que o trabalho feito foi só “garganta” e canto lírico, sublinha-se com justiça o início da construção de uma nova biblioteca, do centro cultural de Estremoz ocupando o lugar do antigo matadouro da cidade e onde passarão a funcionar actividades de várias instituições, incluindo a escola de música.
«Tudo isto poderá propiciar condições para voltar a montar a orquestra típica», afirma Luís Mourinha, que conclui desafiando os camaradas e amigos que agora constituem a nova equipa da CDU: «Com o trabalho que pretendemos desenvolver, as ideias e projectos que temos em mãos, por cá não se morre de tédio!».
Gente que cuida da sua gente
Uma postura solidária
Contando com um dos mais elevados índices de cobertura do País no que à assistência aos idosos diz respeito, a autarquia de Estremoz, no entanto, não cruza os braços e aguarda o desbloqueamento de dois processos que dotarão as freguesias de São Bento do Ameixial e Santa Vitória de outros tantos lares de idosos, projectos que apresentam a dupla vertente de criar postos de trabalho no concelho e, simultaneamente, mantêm o compromisso solidário que tem acompanhado ao longo dos mandatos a gestão comunista.
Júlio Rebelo esclarece que «há da parte da Câmara uma ideia de desenvolvimento integrado, o qual toca obrigatoriamente em áreas como a atribuição de subsídios ou a resolução de carências sentidas pelas associações e colectividades. Ao nível da intervenção social, temos adoptado a estratégia de dotar os parceiros e as entidades de condições para que desenvolvam os seus próprios projectos. O nosso papel é estimular, motivar e criar condições, pôr toda esta gente do concelho em rede».
Mas quando as responsabilidades do Governo se esvaem nas promessas eleitorais, lá estão as autarquias a solucionar. Assim, por exemplo, surgiu «o Banco de Ajudas Técnicas, um projecto que permite responder junto das pessoas de todas as freguesias prestando-lhes equipamentos de saúde, nomeadamente aos mais idosos ou doentes, tudo com apoio financeiro, logístico e de recursos humanos da Câmara Municipal», afirma o candidato da CDU.
Crescimento sustentado
Teimar e vencer barreiras
«Em Portugal, equipamentos que criam condições para a existência de postos de trabalho são sempre mais morosos de aprovar do que piscinas ou jardins».
A afirmação do presidente da Câmara de Estremoz reflecte as imensas dificuldades sentidas na implementação de uma zona industrial no concelho, um projecto que, explicou Luís Mourinha, «fazia parte do 1.º Quadro Comunitário de Apoio, ainda no executivo de Cavaco Silva, e falava até de um cordão industrial de média dimensão envolvendo Elvas, Estremoz, Arraiolos, Montemor-o-Novo e Vendas Novas».
Neste contexto, o presidente da autarquia protesta e esclarece que «nós fizemos o nosso trabalho para criar 200 empregos directos. Fizemos a expropriação, pagámos o terreno, investimos mais de 150 mil contos, mas precisamos da aprovação dos fundos comunitários para investir nos arruamentos e na instalação das empresas. Já temos interessados em ficar na zona industrial, nomeadamente no sector da produção de enchidos e nos mármores – que têm muita qualidade e tradição no concelho - mas também no sector do ambiente. Não faz sentido que a esta altura a comparticipação comunitária ainda não esteja aprovada!».
A ideia de um desenvolvimento sustentado guiou o projecto na última década, procurando criar núcleos de pequena industria e habitação descentralizados, como servem de exemplo os trabalhos realizados em Veiros e Evoramonte.
Com boas bases já semeadas, Júlio Rebelo revela que a CDU propõem-se para os próximos quatro anos «potenciar o Parque de Exposições e a Zona Industrial dos Arcos», ambições que passam fundamentalmente «pela continuação do trabalho nesta área rentabilizando os equipamentos disponíveis. Todo o tecido urbano das freguesias dos Arcos e da Glória vai ser revitalizado», sublinha o candidato da CDU que conclui: «a isto chamamos desenvolvimento equilibrado, em rede, entre vasos comunicantes, porque tem em conta a possibilidade de fixar pessoas com boas condições de vida e trabalho, o que afinal corresponde à matriz de identidade da CDU no poder local, um crescimento harmonioso que rejeita uma perspectiva selvática e autista em relação às populações e às necessidades locais».