Europa - Os trabalhadores em luta
O Conselho de Segurança da ONU acabou por legitimar à posteriori uma guerra ilegal.
Depois das grandes movimentações contra a guerra, é a luta social que, por toda a Europa, está de novo no primeiro plano com greves e manifestações contra o desemprego, contra a regressão dos sistemas de reforma e pensões, em defesa da escola pública, do direito à saúde e dos serviços públicos em geral.
Claro que a luta pela paz e as lutas sociais são inseparáveis. Aqueles que a pretexto do «combate ao terrorismo» jogam na agressão e na guerra aos povos do Terceiro Mundo como saída para as contradições e profunda crise em que se debate o capitalismo, são os mesmos que procuram atirar para cima dos trabalhadores do «cento capitalista» as consequências dessa mesma crise. Em Portugal isso é particularmente evidente. A mais vergonhosa e rasteira submissão do governo da direita à estratégia agressiva dos EUA corre de par com a ofensiva contra os salários, os serviços sociais, os direitos de quem trabalha e contra a própria democracia.
É por isso necessário neste novo ciclo de lutas pós invasão e ocupação do Iraque, com o inevitável refluxo do movimento pela paz, que não afrouxe a vigilância em relação aos objectivos estratégicos globais do imperialismo. O sistema institucional e jurídico internacional resultante da derrota do nazi-fascismo continua a ser sistematicamente demolido. O Conselho de Segurança da ONU acabou por legitimar à posteriori uma guerra ilegal e injusta desencadeada com base na mentira. É gravíssimo. Como gravíssimos são os preparativos para novas agressões, não apenas da aliança anglo-americana, mas da NATO e da União Europeia, ambas em acelerado processo de reforço militarista sob a batuta dos EUA. Os sucessivos recuos da França, da Alemanha e da U.E. diante das arrogantes exigências norte-americanas, confirma a pusilanimidade das burguesias europeias e o incontornável papel das massas populares, frente à traição das classes dominantes, na defesa da paz.
As grandes lutas sociais que aí estão revestem-se de um grande significado. Porque têm no seu centro o conflito de classe entre o capital e o trabalho e confirmam o papel de vanguarda da classe operária e do trabalho assalariado. Porque evidenciam o decisivo papel do sindicalismo de classe. Porque, como na França, fazendo frente a sofisticadas manobras de divisão, juntam trabalhadores dos sectores público e privado, jovens e reformados, empregados e desempregados, operários e camadas médias. Porque põem em causa, não apenas aspectos parciais mas as políticas neoliberais que o grande capital articula (vide G-8 de Évian) por todo o mundo. Porque contradizem, não apenas as teses centrais do «pensamento único», mas também certas teorizações «altermundialistas» cuja fraseologia «radical» e «rebelde» converge com as tentativas de recuperação reformista das movimentações «antiglobalização» pela social-democracia.
De grande significado também porque mostram os limites da instrumentalização das rivalidades inter-imperialistas para escamotear as contradições de classe e amortecer a resistência dos trabalhadores à ofensiva exploradora do grande capital. Na França da direita reaccionária de Raffarin e Chirac como na Alemanha da direita social-democrata de Schroder. Defender que para fazer frente ao imperialismo norte-americano é necessário reforçar um imperialismo «europeu», criar um poderoso exército «europeu», lançar mesmo para o efeito um imposto «europeu» e exigir dos trabalhadores novos sacrifícios e limitações aos seus direitos é no mínimo um contra-senso. A luta pelo progresso social e pela paz são inseparáveis.
Claro que a luta pela paz e as lutas sociais são inseparáveis. Aqueles que a pretexto do «combate ao terrorismo» jogam na agressão e na guerra aos povos do Terceiro Mundo como saída para as contradições e profunda crise em que se debate o capitalismo, são os mesmos que procuram atirar para cima dos trabalhadores do «cento capitalista» as consequências dessa mesma crise. Em Portugal isso é particularmente evidente. A mais vergonhosa e rasteira submissão do governo da direita à estratégia agressiva dos EUA corre de par com a ofensiva contra os salários, os serviços sociais, os direitos de quem trabalha e contra a própria democracia.
É por isso necessário neste novo ciclo de lutas pós invasão e ocupação do Iraque, com o inevitável refluxo do movimento pela paz, que não afrouxe a vigilância em relação aos objectivos estratégicos globais do imperialismo. O sistema institucional e jurídico internacional resultante da derrota do nazi-fascismo continua a ser sistematicamente demolido. O Conselho de Segurança da ONU acabou por legitimar à posteriori uma guerra ilegal e injusta desencadeada com base na mentira. É gravíssimo. Como gravíssimos são os preparativos para novas agressões, não apenas da aliança anglo-americana, mas da NATO e da União Europeia, ambas em acelerado processo de reforço militarista sob a batuta dos EUA. Os sucessivos recuos da França, da Alemanha e da U.E. diante das arrogantes exigências norte-americanas, confirma a pusilanimidade das burguesias europeias e o incontornável papel das massas populares, frente à traição das classes dominantes, na defesa da paz.
As grandes lutas sociais que aí estão revestem-se de um grande significado. Porque têm no seu centro o conflito de classe entre o capital e o trabalho e confirmam o papel de vanguarda da classe operária e do trabalho assalariado. Porque evidenciam o decisivo papel do sindicalismo de classe. Porque, como na França, fazendo frente a sofisticadas manobras de divisão, juntam trabalhadores dos sectores público e privado, jovens e reformados, empregados e desempregados, operários e camadas médias. Porque põem em causa, não apenas aspectos parciais mas as políticas neoliberais que o grande capital articula (vide G-8 de Évian) por todo o mundo. Porque contradizem, não apenas as teses centrais do «pensamento único», mas também certas teorizações «altermundialistas» cuja fraseologia «radical» e «rebelde» converge com as tentativas de recuperação reformista das movimentações «antiglobalização» pela social-democracia.
De grande significado também porque mostram os limites da instrumentalização das rivalidades inter-imperialistas para escamotear as contradições de classe e amortecer a resistência dos trabalhadores à ofensiva exploradora do grande capital. Na França da direita reaccionária de Raffarin e Chirac como na Alemanha da direita social-democrata de Schroder. Defender que para fazer frente ao imperialismo norte-americano é necessário reforçar um imperialismo «europeu», criar um poderoso exército «europeu», lançar mesmo para o efeito um imposto «europeu» e exigir dos trabalhadores novos sacrifícios e limitações aos seus direitos é no mínimo um contra-senso. A luta pelo progresso social e pela paz são inseparáveis.